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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Líbia: nação destruída e saqueada pelos EUA







A Líbia sem Kadafi está sendo saqueada pelas potências colonialistas. Dois anos após o martírio do líder Muamar Kadafi na heróica Sirte (sua terra natal), o mundo assiste desolado a queda, uma a uma, das mentiras divulgadas pela mídia ocidental para tentar justificar a ocupação militar da Líbia.


















Hoje o país está fragmentado, não há luz, água ou combustíveis na maioria das cidades líbias. Estradas, viadutos, estações de bombeamento de água no Grande Rio Verde (o maior rio artificial do mundo) foram destruídas pelas bombas dos EUA, França e Inglaterra, e até agora nada foi reconstruído.

Para completar o quadro desolador do país que tinha o maior IDH (índice que mede a qualidade de vida da população) da África, mais de 6.000 militares estrangeiros estão estacionados no país, a maioria nos campos de petróleo onde EUA, França e Inglaterra estão roubando o petróleo líbio para “pagar despesas de guerra”. Ora, é como se um ladrão invadisse nossa casa, roubasse, matasse, e depois exigisse um pagamento mensal como compensação pelo “trabalho realizado”. 

Na semana passada o primeiro-ministro, Ali Zeidan, foi sequestrado em Trípoli por ex-rebeldes anti-Kadafi como represália pela captura de um suposto líder da Al-Qaeda, Abu Anas al-Libi, pelos EUA. Libertado horas depois, Zeidan denunciou ter havido "golpe contra a legitimidade"
"Zeidan é fraco, sem instrumentos para conduzir um país cujas instituições foram desmontadas", disse Geoff Porter, especialista do North Africa Risk Consulting.

No sul da Líbia, dezenas de xeques beduínos e líderes tuaregues se recusam a se submeter a um governo de mercenários e traidores da Jamahiriya. Exigem autonomia política e montaram governos de fato, protegidos por milícias. Enquanto isso, drones americanos vasculham a área constantemente e matam inocentes, em locais onde a mídia não chega. Em todo o território, extremistas islâmicos se beneficiam do volume imenso de armas restantes dos oito meses de guerra civil, contrabandeiam armamento para Síria e Somália e reforçam frentes de combate no Mali e na Tunísia.

A Líbia da Jamahiriya, do Poder Popular, da democracia direta através dos Congressos e Comitês Populares, teve sua legislação substituída por uma mescla de lixo democrático (partidos políticos corruptos) e leis islâmicas via Al Qaeda. Tudo isso aprovado pelo Conselho Geral Nacional, onde a Irmandade Muçulmana líbia luta contra políticos seculares.

Atualmente 6,4 milhões de líbios vivem sob total insegurança. As forças de segurança continuam dispersas, sem preparo e a criminalidade cresce. Segundo Claudia Gazzini, especialista do International Crisis Group, os grupos armados se defrontam entre si.

Em setembro de 2012, um deles invadiu o Consulado dos EUA em Benghazi e matou o embaixador americano, Christopher Stevens, e três funcionários – agentes da CIA. Porter, no entanto, não vê risco de golpe de Estado. "Ninguém quer substituir Zeidan, porque não há como governar o país", afirmou.

A italiana Claudia, que vive em Trípoli há um ano e meio, diz que ouve queixas recorrentes sobre a insegurança. Segundo ela, muitos sentem saudades de Kadafi. "Em termos de segurança, com certeza Kadafi era melhor. Há uma insatisfação geral com o atual processo político."

Segundo Riccardo Fabiani, do Eurasia Group, a situação é caótica, mas não como na Somália, onde há uma guerra civil. "Na Líbia, nenhum grupo jihadista quer derrubar o regime. O que eles querem é influir e dominar o governo."

A líbia de Muamar Kadafi era a “pérola da África”, o país mais próspero, o mais solidário (enviava médicos e dentistas para atender gratuitamente nos países mais pobres do continente africano).

Tudo isso não foi suficiente para deter as potências ocidentais terroristas que somaram forças para assassinar milhares de civis indefesos para roubar petróleo.

Kadafi não morreu nas milenares areias de Sirte, a cidade heróica. Ele está vivo na memória de milhares de combatentes da liberdade, de verdadeiros revolucionários, em diversas partes do mundo, e principalmente, na memória do povo árabe socialista da Líbia.

Kadafi vive! Kadafi viverá sempre!

A. G.

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