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quarta-feira, 27 de abril de 2011

O homem como imigrante



Nenhum ser humano à superfície da Terra deve ser considerado ilegal.

Deve ajudar-se o imigrante, seja africano, asiático, europeu ou sulamenricano. Conseguir documentos, trabalho sem exploração… como tantos jogadores de futebol.

Alguns, apontam-nos com o dedo bem espetado; limitam-se a apontá-los, havendo outros que os olham de viés, por vezes com ódio silencioso, recusando – mesmo com a actual situação – fazer os trabalhos feitos pelos imigrantes.

O imigrante atravessa a parede do ódio e os abismos da incompreensão e da intolerância.
As sociedades modernas dividem o ser humano em grupos: os ligados, os buscadores da libertação, os libertos e os sempre livres.

Suponhamos que uma rede foi lançada às águas dum lago ou rio, para apanhar peixe.

Alguns deses peixes são tão espertos que jamais são presos pela rede. São os sempre livres.

Mas, a maioria é apanhada pelas malhas da rede. Alguns, lutam tentando libertar-se; são o que procuram a libertação.

Nem todos o conseguem, apesar dos esforços.Alguns, saltam para fora da rede, fazendo grande alarido. Então, o pescador grita: «Vejam, lá vai um dos grandes…»

No entanto, a maioria dos peixes não pode escapar e alguns nem fazem o menor esforço para sairem…

Pelo contrário, penetram na lama com a rede nas bocas, à laia de rédea, e aí ficam quietos, imaginando não precisarem de ter medo e estarem totalmente seguros.

Esses pobres peixes não sabem que o pescador os irá retirar quando puxar a rede. Estes são os homens ligados ao mundo.

«Há dois tipos de pessoas - disse Ghandi – as que fazem as coisas e as que ficam com os louros. Procure-se ficar no primeiro grupo, onde há menos competição».

No livro «Psicologia das Multidões», diz Gustave Le Bom: «Uma multidão não precisa de ser numerosa para que fique destruída a capacidade de ver correctamente e para que os factos reais sejam substituídos por alucinações entre eles (…) A faculdade de observação e o espírito crítico que cada um possui, dissipam-se totalmente».

O melhor relacionamento não é o que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos dos outros e a admirar as suas qualidades.

“É sempre nobre, generoso e necessário falar em erros cometidos, enquanto podem remediar-se”, como disse Eça de Queiroz.

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