Presidente do Instituto de Apoio à Criança reage a estudo da OCDE
Dulce Rocha, presidente executiva do Instituto de Apoio à Criança (IAC) classificou esta quarta-feira de «inadmissível» a taxa de pobreza infantil em Portugal que, segundo um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) é de 16,6 por cento, noticia a Lusa.
De acordo com o relatório «Doing better for families», publicado esta quarta-feira pela OCDE, a taxa de pobreza infantil em Portugal é a oitava maior do grupo destes países, sendo superior à média que é de 12,7 por cento.
Dulce Rocha sublinhou que a taxa reflecte o estado do país, «com muitas dificuldades em se conseguir alcançar o desenvolvimento, apesar de ter melhorado» e defende a necessidade de «criar formas inovadoras de redistribuir os rendimentos na sociedade», para quem a situação é «preocupante».
A presidente executiva do IAC reconheceu que tinha a ideia de que Portugal tinha uma taxa de pobreza infantil muito elevada, mas classificou de «inadmissível» que quase 20 por cento das crianças vivam nestas circunstâncias e por isso sugere um debate sobre esta situação e uma contínua aposta na educação.
O estudo revelou ainda que para a generalidade dos países da OCDE, as crianças que vivem em famílias monoparentais em que apenas um adulto aufere rendimentos tendem a ter taxas de pobreza mais elevadas do que as que vivem em famílias duo-parentais em que apenas um adulto trabalha. Portugal configura uma excepção a esta tendência, a par da Dinamarca, da Noruega e da Suécia.
A percentagem de crianças que vivem em famílias em que os dois pais estão empregados é, regra geral, elevada, com destaque para a Eslovénia, Portugal e os Estados Unidos, onde mais de 60 por cento das crianças vivem em famílias cujos pais trabalham a tempo completo.
(Diário.iol – 27/04/2011)
Sem comentários:
Enviar um comentário