Nos últimos anos, a Internet faz parte da vida de milhões de pessoas no mundo e, com ela, muitos benefícios foram oferecidos á sociedade, como a facilidade de comunicação, o acesso e partilha de informaçoes.
Mas, sem as devidas precauções, esta tecnologia pode também apresentar sérios riscos para a segurança dos internautas.
Actualmente, as pessoas trocam cada vez mais dados através do computador. As novas tecnologias propiciam diferentes tipos de escândalos, gerando exponenciais danos. Estamos num momento de transição em que as relações humanas se tornam cada vez mais interactivas através dos meios móveis de comunicaçao. Porém, estamos a tornar-nos cada vez mais vulneráveis aos ataques á nossa privacidade.
Se olharmos atentamente para esta transição, veremos que um dos grandes desafios é o de preservar a reputação e a privacidade face a um ambiente de interconexão provocado pela revolução tecnológica, que cria uma área pública nova, desafiando a credibilidade por parte de pessoas físicas e jurídicas no novo ambiente social.
A reputação pessoal, e das empresas, é um património inestimável, que deve ser encarado como uma poupança onde se procura acumular valores diaante da percepção do público, que está a ser potencializada através da Internet, mas também através dos telemóveis.
Há que admitir que em determinados momentos nos comportamos como primatas da alta tecnologia, pois o português, regra geral, gosta da tecnologia, tem um perfil essencialmente exibicionista, o que contrasta com o seu pouco conhecimento sobre a vulnerabilidade do excesso de exposição da sua privacidade.
Imagens captadas de relacionamentos amorosos, duradouros ou não, têm sido reiteradas vezes utilizadas por um companheiro que se sente fraco emocionalmente, com o fim dum relacionamento e prefere extrapolar a sua angústia para o público incalculável da Internet. Mas também se fazem escutas de conversas que em nada dizem respeito a quem as promove, e até judiciariamente se abusa dessa forma de «obtenção» de provas, peroporcionando danos só reparáveis com a identificação dos culpados.
O falso anonimato e a sensação proporcionada pela tecnologia, aliada ao desconhecimento das leis vigentes, atrai os infractores á prática de ilícitos que são observados e puníveis pela justiça.
É precisa uma consciencialização de que, quanto mais a tecnologia avança, mais a nossa privacidade será devassada.
Ninguém duvida que estamos face à necessidade de aprendermos uma nova etiqueta de comportamento social através do mundo electrónico, exigindo uma aprendizagem séria para que estejamos preparados para críticas digitais e telemovidas, que nem sempre poderão ser controladas pela vítima, mas que deverão ser punidas pela justiça.
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