É preciso
um plano para relançar a Europa, diz Presidente francês. E “sem esperar pelas
eleições alemãs”.
Hollande
prometeu apresentar a iniciativa para a zona euro aos parceiros europeus
Ao fim de um ano de mandato, François Hollande fez o balanço e
com a economia francesa em recessão, o objectivo imediato está traçado:
regressar ao crescimento e inverter a subida do desemprego. Um objectivo que
não está desligado das ambições para a Europa, que sintetizou na quinta-feira
em quatro pontos para tirar a Europa “da apatia”. Entre elas está a criação de
um governo económico na zona euro.
Para
François Hollande, a criação de uma executivo de coordenação das políticas
económicas implicaria que esse governo reunisse “todos os meses” e que tivesse
como pivot “um verdadeiro Presidente” a tempo inteiro. Objectivos: harmonizar
as políticas orçamentais, promover convergências nas políticas sociais e
económicas, e ainda promover o combate à fraude fiscal.
No Palácio do Eliseu, em Paris,
onde aos jornalistas fez o balanço da governação, Hollande defendeu – e este é
outro ponto da iniciativa que promete apresentar aos parceiros europeus – uma
“nova etapa de integração” que dê “capacidade orçamental” à zona euro,
aumentando a sua capacidade de financiamento.
Em matéria europeia, Hollande
assumiu divergências com a chanceler alemã Angela Merkel, mas disse que as
relações entre Paris e Berlim estão bem. “Não temos as mesmas ideias, mas temos
a mesma responsabilidade”. E é “preciso encontrar um compromisso sobre todos os
assuntos”, defendeu, dizendo-se convencido de que chegarão a um “acordo para
relançar a Europa, sem esperar pelas eleições alemãs”.
Plano para
os jovens
Outra medida defendida foi a concretização de um plano europeu virado para a inserção dos jovens no mercado de trabalho e para a sua formação, mobilizando para o efeito um total de 6000 milhões de euros em fundos europeus.
Outra medida defendida foi a concretização de um plano europeu virado para a inserção dos jovens no mercado de trabalho e para a sua formação, mobilizando para o efeito um total de 6000 milhões de euros em fundos europeus.
No caso de França, que no início
do ano entrou oficialmente em recessão, a luta contra
o desemprego é uma prioridade, para travar o aumento do número de desempregados “até ao final do ano”. Mas “a batalha
só será ganha no longo prazo”, disse Hollande, quando se voltar a registar
crescimento.
Hollande não tem a popularidade de
outros Presidentes quando completavam um ano de mandato, mas diz não se guiar
pelas sondagens. O rumo, acrescenta, é para manter. “É pelos resultados que
quero ser avaliado”.
Outro eixo de actuação a nível
europeu, disse, deve ser a definição de uma estratégia de investimento para
novas indústrias e sistemas de comunicação, assim como a criação de uma
comunidade europeia de energia que coordene as políticas das energias
renováveis.
=Público=
Sem comentários:
Enviar um comentário