A guerra que ocorre
hoje na Síria não tem nada a ver com luta por democracia ou por direitos
humanos. Na verdade ela é patrocinada por uma das mais nefastas coalizões já
montadas contra um país na história do Oriente Médio, reunindo as monarquias
absolutistas do Golfo (Arábia Saudita, Qatar, Iêmen, etc), Turquia
(sonhando retomar o imperialismo Otomano) e como não poderia deixar de ser,
Israel, União Europeia e principalmente Estados Unidos. Todos financiando
grupos terroristas como a Al-Qaeda e bandos armados de mercenários como a
Blackwater para gerar o caos e justificar uma invasão estrangeira para se
instalar um governo servil aos seus interesses.
Os interesses de cada um desses atores são diversos: desde a construção de gasodutos, exploração do gás no mediterrâneo, desmantelamento da base naval russa, rivalidades históricas entre sunitas e xiitas, ao estabelecimento de um regime títere como existe hoje no Afeganistão. Mas o interesse comum a todos eles é redesenhar o mapa político do Oriente Médio, atacando três forças políticas: a Síria do presidente Bashar Al-Assad, o Hezbollah no Líbano, e o alvo principal, a República Islâmica do Irã.
A intervenção desta aliança estrangeira, indevidamente chamada "Amigos da Síria", tem atuado em três frentes: política, militar e midiática. Do ponto-de-vista político procuram isolar a Síria na Liga Árabe e na ONU, onde já tentaram sem sucesso aprovar uma intervenção militar no Conselho de Segurança, vetado por China e Rússia. Também, num gesto à revelia do Direito Internacional, criaram um "Conselho Nacional Sírio", formado por sírios residentes no exterior, e o reconheceram como único governo legítimo do país, sem qualquer eleição ou apoio da população local.
Em termos militar, como até agora essa coalizão não conseguiu autorização na ONU para uma intervenção direta, seguem terceirizando a guerra com mercenários e fornecendo armas a grupos jihadistas /salafistas (fundamentalistas muçulmanos), dentre os quais a própria Al-Qaeda. Mas como o presidente sírio Bashar Al-Assad tem sido bem sucedido em enfrentá-los, procuram agora apelar para novos pretextos que justifiquem a invasão. Na última semana, Barack Obama passou a alegar que o governo sírio usa armas químicas, a mesma desculpa usado por George W. Bush para invadir o Iraque.
No aspecto midiático, uma organização de Londres chamada "Observatório Sírio dos Direitos Humanos" fabrica estatísticas diárias de mortes e crimes de guerra, responsabilizando o governo sírio por tudo o que acontece, inclusive pelos atentados realizados pelos bandos armados. Em seguida, as grandes redes de notícia estadunidenses, europeias e árabes difundem tais informações como "verdades inquestionáveis", e veículos de comunicação periféricos de outros países como o Brasil apenas reproduzem.
A única saída para este conflito será política, negociada e pacífica. O ex-Secretário Geral da ONU, Kofi Annan, havia acordado entre governo e oposição um plano de 6 pontos, que não se efetivou porque a coalizão estrangeira, e especialmente os Estados Unidos, o sabotou. Até agora, Assad foi bem sucedido em promover reformas políticas no país e em integrar a oposição democrática ao processo. O que se espera, portanto, é que as forças estrangeiras respeitem a soberania síria e o desejo de seu povo de encerrar este conflito e decidir por eles mesmos quem convém representá-los.
Com Assad ou sem Assad na presidência, esta decisão cabe unicamente aos sírios e a comunidade internacional deveria respeitar sua soberania. Porém, os interesses estrangeiros obscuros não desejam a paz, muito menos respeitam a soberania síria. Dessa forma, é necessário a todo custo barrar esta guerra imperialista e fortalecer o processo de paz a todo custo.
Os interesses de cada um desses atores são diversos: desde a construção de gasodutos, exploração do gás no mediterrâneo, desmantelamento da base naval russa, rivalidades históricas entre sunitas e xiitas, ao estabelecimento de um regime títere como existe hoje no Afeganistão. Mas o interesse comum a todos eles é redesenhar o mapa político do Oriente Médio, atacando três forças políticas: a Síria do presidente Bashar Al-Assad, o Hezbollah no Líbano, e o alvo principal, a República Islâmica do Irã.
A intervenção desta aliança estrangeira, indevidamente chamada "Amigos da Síria", tem atuado em três frentes: política, militar e midiática. Do ponto-de-vista político procuram isolar a Síria na Liga Árabe e na ONU, onde já tentaram sem sucesso aprovar uma intervenção militar no Conselho de Segurança, vetado por China e Rússia. Também, num gesto à revelia do Direito Internacional, criaram um "Conselho Nacional Sírio", formado por sírios residentes no exterior, e o reconheceram como único governo legítimo do país, sem qualquer eleição ou apoio da população local.
Em termos militar, como até agora essa coalizão não conseguiu autorização na ONU para uma intervenção direta, seguem terceirizando a guerra com mercenários e fornecendo armas a grupos jihadistas /salafistas (fundamentalistas muçulmanos), dentre os quais a própria Al-Qaeda. Mas como o presidente sírio Bashar Al-Assad tem sido bem sucedido em enfrentá-los, procuram agora apelar para novos pretextos que justifiquem a invasão. Na última semana, Barack Obama passou a alegar que o governo sírio usa armas químicas, a mesma desculpa usado por George W. Bush para invadir o Iraque.
No aspecto midiático, uma organização de Londres chamada "Observatório Sírio dos Direitos Humanos" fabrica estatísticas diárias de mortes e crimes de guerra, responsabilizando o governo sírio por tudo o que acontece, inclusive pelos atentados realizados pelos bandos armados. Em seguida, as grandes redes de notícia estadunidenses, europeias e árabes difundem tais informações como "verdades inquestionáveis", e veículos de comunicação periféricos de outros países como o Brasil apenas reproduzem.
A única saída para este conflito será política, negociada e pacífica. O ex-Secretário Geral da ONU, Kofi Annan, havia acordado entre governo e oposição um plano de 6 pontos, que não se efetivou porque a coalizão estrangeira, e especialmente os Estados Unidos, o sabotou. Até agora, Assad foi bem sucedido em promover reformas políticas no país e em integrar a oposição democrática ao processo. O que se espera, portanto, é que as forças estrangeiras respeitem a soberania síria e o desejo de seu povo de encerrar este conflito e decidir por eles mesmos quem convém representá-los.
Com Assad ou sem Assad na presidência, esta decisão cabe unicamente aos sírios e a comunidade internacional deveria respeitar sua soberania. Porém, os interesses estrangeiros obscuros não desejam a paz, muito menos respeitam a soberania síria. Dessa forma, é necessário a todo custo barrar esta guerra imperialista e fortalecer o processo de paz a todo custo.
A.
L.
Concordo plenamente com suas palavras: "Os interesses estrangeiros obscuros não desejam a paz, muito menos respeitam a soberania síria. Dessa forma, é necessário a todo custo barrar esta guerra imperialista e fortalecer o processo de paz a todo custo".
ResponderEliminarSaudações