FMI pede a Bruxelas que perdoe 7 mil milhões da dívida
grega. Mas Schäuble, cujo país já ganhou 41 mil milhões com a crise, não deixa
A crise do euro parece condenada a um ciclo vicioso
com os gregos cada vez mais próximos de um terceiro resgate. Wolfgang Schäuble
reconheceu-o ontem, depois de fonte do Ministério das Finanças grego ter dito à
Reuters que o país não tem financiamento assegurado para sobreviver a 2014,
2015 e 2016. "A Grécia e os seus credores estão a analisar várias formas
de resolver esta escassez de financiamento", disse a mesma fonte.
Depois destas declarações, e independentemente da
estratégia europeia de promover a reeleição de Angela Merkel na Alemanha, o
governo alemão já não conseguiu fingir mais que a receita que decretou para a
crise está a correr bem. "Haverá, mais uma vez, um programa de ajuda à
Grécia", disse ontem o ministro das Finanças alemão. "Há muito tempo
que se fala disto [terceiro pacote de ajuda]. O Bundesbank já falou sobre
isso", disse Schäuble, referindo-se a um relatório em que está bem claro
que Atenas precisa de um terceiro resgate no início de 2014. Até ontem, porém,
nem Berlim nem Bruxelas ousavam admitir esta hipótese - com medo das
repercussões que este novo falhanço terá nas eleições alemãs.
O relatório citado por Schäuble refere, entre outros
pontos, que são "necessárias novas ajudas à economia helénica de forma a
evitar mais turbulência no país e uma nova crise do euro", segundo o
diário espanhol "El País". Mas se o terceiro resgate é já assumido,
um novo perdão à dívida grega continua a ser tabu para os alemães - o ministro
das Finanças avançou ontem que o perdão da dívida realizado aquando do segundo
resgate grego foi um evento "único". E para quem não percebeu,
rematou que esta posição é final, independentemente da evolução da Grécia.
Se de Berlim e Bruxelas a posição é cada vez mais
pesada em relação aos gregos, já o Fundo Monetário Internacional vê as coisas
por um prisma totalmente diferente: "Os parceiros europeus devem ponderar
um alívio da dívida que permita a redução mais rápida da dívida de
Atenas", recomendou o Fundo no final de Julho, altura em que avaliou em 11
mil milhões de euros as necessidades de financiamento gregas além dos dois
resgates.
Segundo os cálculos do FMI, os países europeus que
emprestaram dinheiro à Grécia nos dois anteriores resgates - que, à imagem do
empréstimo a Portugal, foi aprovado mediante a cobrança de juros altos a Atenas
- deviam agora perdoar pouco mais de 7 mil milhões de euros dessa dívida, o
equivalente a 4% do PIB da Grécia, de modo a pôr o país de vez no caminho da
sustentabilidade. Porém, a postura com que os líderes europeus venderam nos
seus países estas ajudas - como se fossem solidariedade e que os aflitos
mereciam ser castigados - dificulta que se tome o caminho sugerido pelo FMI: os
alemães interpretam os empréstimos do seu país aos outros como caridade,
esquecendo por exemplo os 41 mil milhões de ganhos que Berlim já conseguiu
desde 2010 com esta solidariedade. Agora bastavam 17% destes ganhos alemães
para equilibrar as contas gregas. Mas Schäuble não deixa.
=Jornal i=
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