Após quatro
dias de violência, que terão levado à morte de mais de 750 pessoas, Bruxelas
deixa aviso ao Cairo.
A União Europeia (UE) vai rever nos próximos dias as relações
que mantém com o Egipto. Desde quarta-feira que o país está a ser marcado por
violentos confrontos entre as forças de segurança e manifestantes
pró-Presidente Morsi, dos quais resultaram mais de 750 mortos, segundo um
balanço não oficial. Aos egípcios, Bruxelas pede este domingo contenção.
Num
comunicado conjunto dos presidentes do Conselho Europeu e da Comissão Europeia,
Van Rompuy e Durão Barroso, respectivamente, é sublinhado que a UE vai manter
firme o seu empenho na “promoção do fim da violência, retoma do diálogo
político e retorno a um processo democrático”. “Para esse efeito, e em conjunto
com os Estados-membros, a UE vai rever com urgência, nos próximos dias, as suas
relações com o Egipto e adoptar medidas destinadas a alcançar esses
objectivos”, afirma a nota.
Van Rompuy e Durão Barroso pela ao "máximo de contenção", sublinhando que é da responsabilidade das autoridades interinas e do Exército pôr fim aos confrontos. "A violência e as mortes dos últimos dias não podem ser justificadas ou toleradas. Os direitos humanos devem ser respeitados e mantidos. Os prisioneiros políticos devem ser libertados", defende a nota de Bruxelas.
A UE afirma que "não há alternativa ao diálogo" e que todas as forças políticas egípcias devem empenhar-se no "futuro democrático do país e inciar um processo político que leve à realização de eleições antecipadas e ao estabelecimento de um governo civil".
O comunicado de Bruxelas surge após um novo apelo a manifestações pela Irmandade Muçulmana, depois da evacuação forçada de centenas de pessoas que ocupavam desde sexta-feira a mesquita al-Fath, que servira de morgue e hospital de campanha para as vítimas dos confrontos na praça Ramsés. Segundo o Ministério do Interior, 385 pessoas foram detidas depois de saírem da mesquita.
Van Rompuy e Durão Barroso pela ao "máximo de contenção", sublinhando que é da responsabilidade das autoridades interinas e do Exército pôr fim aos confrontos. "A violência e as mortes dos últimos dias não podem ser justificadas ou toleradas. Os direitos humanos devem ser respeitados e mantidos. Os prisioneiros políticos devem ser libertados", defende a nota de Bruxelas.
A UE afirma que "não há alternativa ao diálogo" e que todas as forças políticas egípcias devem empenhar-se no "futuro democrático do país e inciar um processo político que leve à realização de eleições antecipadas e ao estabelecimento de um governo civil".
O comunicado de Bruxelas surge após um novo apelo a manifestações pela Irmandade Muçulmana, depois da evacuação forçada de centenas de pessoas que ocupavam desde sexta-feira a mesquita al-Fath, que servira de morgue e hospital de campanha para as vítimas dos confrontos na praça Ramsés. Segundo o Ministério do Interior, 385 pessoas foram detidas depois de saírem da mesquita.
Para este domingo, a Irmandade
Muçulmana volta a apelar aos protestos contra o que consideram ser um “golpe de
Estado”, que teve início com detenção do Presidente Mohamed Morsi a 3 de Julho
último.
A Irmandade Muçulmana, que recusa
abandonar as ruas até que o Presidente deposto seja reconduzido, acusa as
forças de segurança de abrirem fogo indiscriminadamente contra os seus
apoiantes. O governo interino, tutelado pelos militares, afirma, por seu lado,
que os apoiantes de Morsi pegaram em armas contra as forças de segurança e, num
comunicado divulgado no sábado, o Ministério do Interior revelou que mais de
mil pessoas foram detidas sexta-feira em todo o país.
Vários dos dirigentes da Irmandade
foram acusados de "incitação à violência" e a imprensa pró-governamental
refere-se aos manifestantes como "terroristas". Uma versão dos
acontecimentos que ajudará a justificar a anunciada intenção de ilegalização do
movimento.
“O assunto está actualmente a ser
estudado”, revelou o porta-voz do executivo, acrescentando que a proposta para
a “dissolução legal” da Irmandade terá sido apresentada pelo primeiro-ministro
Hazem el-Beblawi ao ministro dos Assuntos Sociais, a entidade responsável pela
concessão de licenças às organizações não-governamentais.
=Público/Mundo=
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