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terça-feira, 31 de maio de 2011

O odre do poder

Disse-nos o sistema que a vida consistia em trabalhar, tentar comprar uma casa, criar família e, aos 65 anos, desfrutar da reforma. O sistema não cumpriu o contrato. E os cidadãos começaram a denuncuiá-lo.

Para já, a indignação não tem uma liderança nem corpo técnico, nem constituição política.

Talvez por isso mesmo conseguiu despertar o interesse aos decepcionados e tem campo para crescer. É criticada tanto pelos partidos de direita como pelos grupos radicais que depreciam a utopia, não sendo difíci de imaginar o estupor dos socialistas, que se sentem mais cansados que nunca e longe de quase todos.

Os indignados metem no mesmo saco o mercado, que dita e impõe a sua lei, o governo que não sabe defender os cidadãos, os partidos convertidos em entes endogámicos e doentes à força de batalhar entre eles e os média que, com excessiva frequência amparam o sistema em vez de denunciar as suas injustiças. No saco, colocaram a etiqueta do poder e estão dispostos a lançá-lo ao mar se fizer falta.

O movimento apresenta incógnitas sobre a sua capacidade de progressão. Sobre a sua consistência e, inclusive, sobre o risco da deriva populista. Mas, pelo menos, alguém deixou de se lamentar olhando o umbigo. E, em todo o caso, aos cidadãos, sempre calhou bem que o odre tenha medo dum contrapoder.

“São muito curiosas, também, a s derivas do assunto DSK. Depois de saber que uma das grandes afeições do dirigente do FMI são as saias, a coisa deriva para um confronto entre culturas. Esqueçamos por um momento se se trata duma paixão selvagem e imesirecordiosa ou se falamos duma paixão selvagem com consentimento da senhora Nafissatou Diallo.

Deixemos à margem os detalhes: se foi selvagem, porque se ou se uma conjura internacional procurou que fosse, para que DSK caisse na armadilha, para desacreditar o mito progressista do FMI”.

A questão que agora interessa, interpretam-na pessoas tão responsáveis como Jack lang como uma luta entre concepções do mundo: os americanos a vingar-se porque não suportam a forma francesa de viver, relaxada e amorosa, a arte de sedução que Elaine Sciolino, correspondente do The New York Times em Paris, descreve como “uma ideologia não oficial que se baseia num conjunto muito extenso de comportamentos que codificam as relações sociais”.

O próprio Lang, um dos fundamentos intelectuais do socialismo, fala com desprezo da justiça americana e diz que tem “a vontade de se fazer num francês”, numa descrição malevolente que esconde alguns sentidos.

Agora, que tudo isso é uma batalha engre os estrictos calvinistas e os católicos que fazem o amor como se pintassem um quadro. Isso promete…

(Enviado por um Amigo)

segunda-feira, 30 de maio de 2011

O Sucesso consiste em não fazer inimigos

Nas relações humanas no trabalho, existem apenas 3 regras.

REGRA número 1: Colegas passam, mas inimigos são para sempre. A chance de uma pessoa se lembrar de um favor que você fez a ela, vai diminuindo à taxa de 20% ao ano. Cinco anos depois, o favor será esquecido. Não adianta mais cobrar. Mas, a chance de alguém se lembrar de uma desfeita se mantém estável, não importa quanto tempo passe.

Exemplo: se você estendeu a mão para cumprimentar alguém em 1997 e a pessoa ignorou sua mão estendida, você ainda se lembra disso em 2007.

REGRA número 2: A importância de um favor diminui com o tempo, enquanto a importância de uma desfeita aumenta. Favor é como um investimento de curto prazo. Desfeita é como um empréstimo de longo prazo. Um dia, ele será cobrado, e com juros.

REGRA número 3: Um colega não é um amigo. Colega é aquela pessoa que, durante algum tempo, parece um amigo. Muitas vezes, até parece o melhor amigo, mas isso só dura até um dos dois mudar de emprego.

Amigo é aquela pessoa que liga para perguntar como você está e sempre reclama porque sumiu. Ex-colega que parecia amigo é aquela pessoa que você liga para pedir alguma coisa, e ela manda dizer que no momento não pode atender.

Durante sua carreira, uma pessoa normal terá a impressão de que fez um milhão de amigos, na verdade colegas e apenas meia dúzia de inimigos.
Estatisticamente, isso parece ótimo. Mas não é. A Lei da Perversidade Profissional diz que, no futuro, quando você precisar de ajuda, é possível que quem mais poderá ajudá-lo é exatamente um daqueles poucos amigos.

Portanto, profissionalmente falando, e pensando a longo prazo, o sucesso consiste, principalmente, em evitar fazer inimigos. Porque, por uma infeliz coincidência biológica, os poucos inimigos são exatamente aqueles que têm boa memória. E segundo ditado popular (bem popular mesmo):

"Os amigos vêm e vão, os inimigos se acumulam..."

Cuidado com seus pensamentos, eles se transformam em palavras;


Cuidado com suas palavras, elas se transformam em ações;


Cuidado com suas ações, elas se transformam em hábitos;


Cuidado com seus hábitos, eles moldam o seu caráter;


Cuidado com seu caráter, ele controla o seu destino.

(Enviado por um Amigo)

domingo, 29 de maio de 2011

Les missionnaires de l’AfriCom

Présenté par le Prix Nobel de la Paix Barack Obama comme une œuvre humanitaire d’aide au développement de l’Afrique, l’AfriCom est en réalité une force de projection permanente destinée à coloniser le continent noir. Son premier exploit médiatique est de soigner des enfants malades, mais sa première mission réelle aura été de bombarder la Libye.

À première vue on dirait des missionnaires comboniens. Mais ce sont les militaires de l’AfriCom, le Commandement des États-Unis pour l’Afrique. À Djibouti ils soignent les pauvres, tandis qu’en Éthiopie ils construisent des écoles et au Malawi ils font face à une urgence humanitaire. Ces bonnes actions et bien d’autres sont l’œuvre de l’Africom. « L’Amérique a la responsabilité de travailler avec vous comme partenaire », a dit le président Obama dans son discours « historique » du 11 juillet 2009 au Ghana, en garantissant que l’AfriCom allait avant tout contribuer à « résoudre pacifiquement les conflits ». Et en assurant que « l’Amérique (Etats-Unis, NdT) n’essaiera d’imposer aucun système de gouvernement à aucune autre nation », parce que « la vérité essentielle de la démocratie est que chaque nation détermine son propre destin ».

Vingt mois plus tard, le 19 mars 2011, l’AfriCom a lancé l’opération Odissey Dawn, la première phase de la guerre dont le but réel est de renverser le gouvernement de Tripoli pour imposer à la Libye (pays qui a les plus grandes réserves pétrolifères d’Afrique) un gouvernement qui plaise à Washington. Obama a aussi dit que les États-Unis s’emploient à soutenir en Afrique des « démocraties fortes et durables », parce que « le développement dépend du bon gouvernement ». Mission que l’AfriCom réalise en formant en Afrique des « forces militaires partenaires, professionnelles et compétentes, pour créer une situation stable et sûre en soutien de la politique extérieure USA ».

L’AfriCom contribue donc au bon gouvernement en Afrique en s’appuyant sur ces sommets militaires que Washington juge fiables ou pouvant être conquis. De nombreux officiers sont formés au Centre d’études stratégiques pour l’Afrique et dans divers programmes, surtout l’ACOTA à travers lequel ont été entraînés environ 50 000 instructeurs et soldats africains. Même objectif pour les manœuvres militaires conjointes, comme l’Africa Lion actuellement en cours au Maroc, où ont débarqué 2 000 Marines. La manœuvre, à laquelle participent 900 militaires marocains, est dirigée par un commandement conjoint mobile (Djc2) envoyé par la US Army Africa, le quartier général de Vicence (région Frioul Vénétie Julie, NdT) des forces terrestres AfriCom, relié à celui des forces navales basé à Naples.

Le Djc2, explique un officier, peut être déployé « dans n’importe quelle condition, dans n’importe quelle partie du continent ». Même si le quartier général de l’AfriCom reste à Stuttgart, étant donnée la réticence de quasiment tous les pays africains à l’accueillir, et si Obama assure que ce dernier « n’a pas pour objectif d’avoir un point d’appui en Afrique », l’AfriCom a déjà là une force permanente : la force d’intervention jointe de la Corne d’Afrique, environ 2 000 hommes basés à Djibouti, qui mène des opérations (en grande partie secrètes) dans divers pays.

L’AfriCom a aussi diverses « Stations pour le partenariat en Afrique » : des navires de guerre qui vont de port en port, fonctionnant comme bases mobiles où sont entraînés les militaires africains. Les escales préférées sont celle d’Afrique occidentale, région riche en pétrole et autres ressources précieuses, où la frégate lance-missiles Robert G. Bradley a visité en avril le Cap Vert et le Sénégal. Pour l’entraînement (et pour des opérations secrètes), l’AfriCom recourt aussi à des compagnies militaires privées, comme les tristement célèbres DynCorp et Xe Services, payées avec les fonds d’un milliard de dollars institués par le Département d’Etat pour « le maintien de la paix en Afrique ».

(Enviado por um Amigo)

A Revolução dos Indignados



Cresce, em Espanha, a Revolução dos Indignados, movimento iniciado no dia 15 de Maio, a que chamaram 15-M ou a “revolução espanhola”.

Na passada quinta-feira cresceu, reunindo multidões em dezenas de cidades de todo o país, para exigir a mudança dum sistema que consideram injusto. A revolta aumenta a cada hora que passa.

Começou com uma convocatória nas redes sociais e na Internet, para repudiar a corrupção endémica e a falta de oportunidades para os mais jovens.

A também chamada Revolução dos Indignados acusa, pela situação actual, o FMI, a OTAN, a União Europeia, as agências de classificação de risco, o Banco Mundial e, no caso da Espanha, os dois grandes partidos: PP e PSOE.

Entretanto, a Junta Eleitoral Central (JEC) de Espanha proibiu, em todo o país, qualquer manifestação desde as zero horas de Sábado até às 24 horas de Domingo, dia das eleições municipais, numa clara alusão às mobilizações do movimento cidadão “Democracia Real”, já que, desde o último Domingo, ocorrem em repúdio ao modelo político e económico em vigôr, já espalhadas à escala nacional.

O ministro do Interior declarou que o governo só esperava o pronunciamento da JEC para decidir se ordena à polícia que disperse os manifestantes. Entretanto, milhares de cidadãos indignados na Porta do Sol, em Madrid, na Praça da Catalunha, em Barcelona, na Praça Piar em Saragoça e no Parasol da Encarnação, em Sevilha, entre outras, voltaram a romper o cerco policial e, uma vez mais, repudiaram a política, banqueiros e empresários.

Os manifestantes desenvolveram métodos de organização através de comissões por sectores – saúde, alimentação, educação, meios de comunicação, etc. – que decidem cada actividade. Nas assembleias-gerais, decide-se a estratégia e busca-se uma mensagem política unificada, que mostrem as principais razões de descontentamento e protesto. Na quinta-feira, por exemplo, decidiu-se manter a mobilização até domingo, dia em que ocorrem as eleições locais e, o mais importante, confirmar a convocatória para a manifestação de Sábado da seemana passada.

Mais tarde, a JEC declarou ilegais as concentrações, considerando que não se ajustam à lei eleitoral e excedem o direito de manifestação, garantido constitucionalmente.

Após ter conhecimento da decisão da JEC, o movimento cidadão decidiu simplesmente manter o acampamento, ao mesmo tempo em que ecoou um grito unânime: «Não nos tirarão daqui! Vamos vencer esta revolução!». Seguidamente, foi lido o manifesto original do movimento numa dezena de línguas.

O movimento cidadão tem o seu próprio canal de televisão, que transmite sem cessar, as imagens da Porta do Sol.

(Enviado por um Amigo)

sábado, 28 de maio de 2011

José Sócrates, le Portugais ensablé

Rien ne va plus pour le Premier ministre socialiste, dont le nom est associé à des affaires de corruption sur fond de crise economique majeure.

L’inimitié d’une bonne partie des médias, une crise politique qui tourne au blocage institutionnel, une situation sociale explosive, un fiasco économique obligeant à des mesures drastiques à court terme… Comme si cela n’était pas suffisant, le bouillant José Sócrates (mollement réélu aux législatives de septembre 2009) doit désormais affronter une fronde du Parlement qui pourrait le forcer à la démission ou amener sa famille socialiste à lui trouver un successeur à la tête du gouvernement. Aujourd’hui commencent à Lisbonne les travaux d’une commission d’enquête parlementaire qui, pour la première fois depuis la fin de la dictature de Salazar, implique directement un Premier ministre. Et va le contraindre à comparaître physiquement, au mieux par écrit. «Le Portugal est un bateau ivre dans lequel le capitaine est le plus suspect de tout l’équipage», a asséné un chroniqueur de la chaîne privée SIC.

D’après les économistes, de tous les pays européens au bord du «décrochage», le Portugal est certainement le maillon le plus faible. Plus encore que la Grèce, le petit pays ibérique souffre de maux structurels, d’exportations en berne, d’une dette extérieure record et d’un déficit public de 9,3%.

Bruxelles attend de Lisbonne des mesures concrètes pour respecter le «plan d’austérité» auquel José Sócrates s’est engagé. Mais ces mesures, qui promettent d’être draconiennes, se font attendre… D’autant que José Sócrates est encore affaibli par ses problèmes politico-judiciaires.

«réformateur». Ce qui ressemble fort à un procès politique est lié à un supposé cas d’interventionnisme. Pendant deux mois, un groupe de députés tentera de faire la lumière sur le rôle qu’a joué José Sócrates dans la tentative du géant Portugal Telecom (PT, contrôlé par le gouvernement socialiste) de racheter la télévision TVI, hostile au pouvoir. Il s’agit en somme de savoir si le leader socialiste a manœuvré pour placer la chaîne sous son joug. En juin 2009, devant le Parlement, Sócrates avait solennellement assuré ne rien savoir de telles tractations. Si cette commission d’enquête, qui va auditionner des dizaines de témoins, fait la preuve que le Premier ministre a menti, les jours de celui qui promettait de «transformer le Portugal en profondeur»seront comptés.

«Alors qu’il a pu être une partie de la solution pour le pays, Sócrates est aujourd’hui une partie du problème», résume José Manuel Fernandes, ancien directeur du quotidien de référence Público, dont le départ tient à ses relations tendues avec le leader socialiste. Comme d’autres nombreux détracteurs, Fernandes reconnaît que le tonitruant Sócrates a été, au début de son premier mandat - de 2005 à 2007 -, un chef de gouvernement courageux, qui a ramené un gros déficit à 3% (aujourd’hui de nouveau autour de 10%), réformé le système des retraites (âge légal et temps de cotisation augmentés), accru les recettes fiscales, créé 150 000 emplois, fait le ménage au sein de la haute administration… «Un bon bilan de réformateur volontariste, qui a su contenir à sa gauche et rassurer à sa droite, dit le politologue Manuel Villaverde Cabral. Il a mis à la porte pas mal de gens dans les hautes sphères, qui sont aujourd’hui autant d’ennemis.» Mais, si José Sócrates est autant ébranlé, c’est aussi parce que son parcours est jalonné de zones d’ombres et d’agissements suspects.

Depuis ses premiers pas municipaux dans la région de Beira Baixa, à l’est du pays, il a été mêlé à une dizaine de scandales. Un diplôme d’ingénieur obtenu dans des conditions suspectes, des permis de construire douteux accordés au sein de la municipalité de Castelo Branco, l’affaire «Face occulte» (des écoutes téléphoniques le lient avec un homme d’affaire véreux ayant un quasi-monopole sur les friches industrielles)… Ou encore l’affaire «Freeport», une société britannique ayant installé un centre commercial à Alcochete, en banlieue de Lisbonne, sur un terrain protégé… grâce au feu vert de Sócrates, alors ministre de l’Environnement ! «En réalité, à chaque fois, il n’y a aucune preuve formelle, dit José Manuel Fernandes. Mais rien n’est vraiment clair avec lui.»

jeune loup. Energique et charismatique, doté d’une audace qui a électrisé une vie politique ankylosée, José Sócrates apparaît aussi comme un leader intransigeant, autoritaire et irascible, dont l’ambition dévorante en irrite plus d’un. «Son parcours, c’est celui d’un jeune loup sans idéologie, opportuniste, un pur produit d’appareil qui a escaladé les échelons la tête froide, le décrit Fernando Rosas, historien et député du Bloc de gauche. Il a toujours eu un côté borderline. Et puis ses accès d’autoritarisme lui valent une piteuse image dans des médias qui ne sont pas tendres avec lui.» Sócrates le leur rend bien : plusieurs journalistes de télé vedettes (Mário Crespo, Manuela Guedes…) ont dénoncé «la censure» exercée sur eux par le Premier ministre.

Une commission d’éthique s’est mise en place en janvier pour éclaircir la question. «L’un des grands problèmes de Sócrates, c’est qu’il a perdu le soutien des élites,analyse José Manuel Fernandes, l’ancien patron de Público. On ne lui fait plus confiance, tout le monde a peur d’être trompé par ce personnage trouble et ambigu.»

Dans un sérail politique dominé par des doctores, ce socialiste sans titre prestigieux agace et rompt avec le statu quo. A la manière d’un Sarkozy portugais, Sócrates est un fonceur, un communicateur zélé qui a phagocyté son parti et personnalisé à l’extrême l’exercice du pouvoir. Autres similitudes : il ne craint pas de tailler dans le vif, supporte mal les critiques, perd facilement ses nerfs et cultive la perméabilité entre la sphère politique et celle des affaires - à l’instar de Jorge Coelho, un de ses proches, ancien ministre socialiste entré avec sa bénédiction dans le conseil d’administration du géant du BTP Mota-Engil.

A force de jouer avec le feu, José Sócrates se retrouve-t-il sur un siège éjectable, six mois seulement après sa difficile réélection (une courte majorité au Parlement) et alors que sa cote de popularité chute allègrement ?

«A priori, tous les éléments l’accablent, explique Ricardo Costa, directeur adjoint de l’hebdo Expresso.Heureusement pour lui, les circonstances le protègent.» De l’avis général, le président de la République, Cavaco Silva, mentor du grand parti de la droite (PSD), n’a pas intérêt à convoquer des élections anticipées. Par souci de stabilité institutionnelle, et aussi parce qu’un scrutin aujourd’hui ne changerait sûrement pas beaucoup la donne. Jusqu’à janvier 2011, date de la présidentielle, Sócrates ne risque donc pas sa peau. Sauf si, bien sûr, la commission d’enquête parlementaire qui s’ouvre aujourd’hui exige sa démission.

sacrifices. Même s’il reste en place, tous lui pronostiquent toutefois un chemin de croix jusqu’à la fin 2010. Après avoir concédé des largesses sociales, Sócrates va devoir appliquer d’ici peu le plan d’austérité dicté par Bruxelles via des coupes claires dans les dépenses sociales (santé, indemnités chômage, subventions, accès au RMI…).

«Depuis dix ans, le pouvoir exige que les Portugais fassent des sacrifices, explique Manuel Villaverde Cabral, le politologue. Je ne crois pas qu’ils supporteront plus longtemps.»

José Sócrates, pris entre l’enclume sociale et le marteau financier ? «Il est pieds et poings liés, renchérit José Manuel Fernandes. Le modèle industriel portugais, vieux de cinquante ans, est moribond, et rien ne le remplace. Le pays ne produit qu’entre 30 et 40% de ce qu’il consomme. La marge de manœuvre de Sócrates est très faible.»

Pourra-t-il rebondir ? Ricardo Costa, de l’Expresso, et d’autres observateurs en sont convaincus : «Ce type a plus de vies qu’un chat. Il est très dur, très résistant, il sait encaisser les coups. Une vraie bête politique qui sait sortir ses griffes lorsqu’il est le plus affaibli.»

(Liberatiom – 27 de Maio 2011)

A palavra de Obama

A que já é considerada a notícia do século, primeira página de todos os jornais, não pôde ser ilustrada pois não foram facultados documentos gráficos.

Na era da imagem (sempre mais valiosa que mil palavras), torna-se chocante acabar com um símbolo sem recorrer a ela, especialmente quando a emissão em directo dos atentados contra as Torres Gémeas gravou, nas nossas memórias e retinas, o fim duma civilização, a mudança radical duma época.

Bin Laden era já um ícone antes de provocar a cena mais aterradora e significativa da história contemporânea.

No filme Hannibal, estreado em Fevereiro de 2001, aparece junto à personagem de Anthony Hopkins, entre os terroristas mais procurados.

Agora, quando por fim o encontraram (…), fazem com que desapareça de novo, desta vez no fundo do mar, sem mostrarem nenhuma prova.

Nada muda; há anos que estava fora de combate. Mas a sua liquidação encarna um emblema, neste momento sem estampa. Ou com o timbre dum selo.

Que não publiquem fotografias que acreditariam a sua morte, não implica que, na realidade, o líder da Al-Qaeda morrera – segundo alguns em Dezembro de 2001 devido a insuficiência renal grave e tratamento de diálise – segundo outros, fruto de feridas recebidas num ataque em 2009 e, dado que o seu corpo nunca foi recuperado, os Estados Unidos esperaram o momento estratégico para o anunciar.

No entanto, esta será a mais amável das teorias conspirativas à qual deverá fazer frente o governo norte-americano.

Podemos entender porque o preferiram morto, mas não sei porque se desfizeram dos seus restos tão rapidamente.

Quer a insuficiência renal quer o suposto cancro, quer a morte à bala não são contagiosos nem passivos de contaminação pública.

A capital da comunicação está-se nas tintas para o “se não vejo, não creio”, e recusa suspeitas ou qualquer reclamação.

A fotografia do cadáver de Osama foi substituída pela de milhares de yankees a celebrarem a sua morte, e um Prémio Nobel da Paz, que recupera a devoção do seu povo graças a uma execução digna das Cruzadas.

Ao fim e ao cabo, trata-se dum dogma de fé: a palavra de Obama vale mais que qualquer imagem! Poderá valer?

(Enviado por um Amigo)

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Violência no feminino

Tem-se verificado uma verdadeira explosão…

O número de menores postos em causa por atentados às jovens, mesmo e sobretudo entre elas, tem aumentado assustadoramente, fenómeno que se regista desde 2004.

É uma lamentável realidade, que as raparigas estão maioritariamente implicadas nos roubos e são cada vez mais violentas, por vezes «picadas» por rapazes cujas violências sobem também, situando-se em mais de 40%.

A actualidade tem demonstrado, nos últimos anos, os casos de bandos de raparigas, por vezes mais perigosos que os de rapazes ou de fait-divers sórdidos, terminando em actos de torturas e de barbárie, por vezes motivados por rivalidades amorosas duma dentre elas…

Qualquer motivo – uma discussão, ciúmes, vinganças.., e há um recurso à violência, fenómeno novo e recente.

Constata-se que haverá cada vez menos diferença entre rapazes e raparigas no que respeita a «exigir contas»! assim, entre 2006 e 2009, a subida do número de menores levados ao tribunal foi de 6,8% em média. Mais de metade eram raparigas. Hoje, representam 15,5% do total de menores perseguidos – ou seja, cerca de 30 mil, quando em 2009 não atingiam os 10%.

Para diversos sociólogos, especialistas em questões de segurança, as contas não estão feitas. A contagem policial reflecte mal a realidade, pois os números não são uma sondagem permanete do Estado sobre o estado da delinquência em Portugal. Porque entre nós, como noutros países, a maioria das infracções não são denunciadas à polícia.

É preferível o inquérito de «vitimação», que significa um nível de violência perfeitamente estável nos últimos dez anos.

Verdadeiro fantasma recorrente.

Facto incontestável, as raparigas são mais violentas que antes! Numa sociedade onde os limiares da tolerância se afundam.

A análise é particularmente para as raparigas pois, os actos de delinquência e violentos são muito menos numerosos mas também menos graves nos rapazes, e sobretudo não são esperados nas raparigas.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Quando os rios choram…

E ultimamente, chocados com o que se passa em Portugal, têm chorado enquanto correm ao encontro do mar…

Os homens, revoltados, as mulheres chorando, as crianças gritando, dizendo terem fome…. Estes dias, o facto é que desequilibrados psíquicos procuram igrejas e o desequilibrado, quando contrariado. Reage; muitas vezes com violência. Até os médicos disseram para não os contrariar… É verdade!

Lido com eles e sei como se têm conduzido e como esses desequilibrados dizem ser tratados sem nunca serem agredidos. Nunca! É preciso mantê-los sob controlo médico e, tanto quanto possível, permanentemente medicados.

Alguns, quando frequentavam a escola, eram conhecidos como “esquisitos”, ou seja, tinham problemas e não tomavam os medicamentos que, já nessa altura lhes haviam sido receitados.

Os rios choram e, o país maravilhoso, considerado o mais feliz do mundo num estudo internacional, está hoje triste e taciturno… apreensivo… O país das festas e romarias, do vive e deixa viver, tem de acalmar essas torrentes de lágrimas e é preciso rever alguns procedimentos, como a facilidade de se entrar em estabelecimentos públicos munidos de câmaras… a polícia, quando vê alguém armado, tem de prender o suspeito, como manda a lei.

Não pode deixar em claro uma tal situação, devendo usar um colete à prova de bala…Hoje, os rios choram e amanhã chorarão ainda mais, porque estão a matar os seus filhos com devastadores despejos… Eh, aqui estamos todos muito tristes com o que se passa e à espera que nunca mais ocorra algo como vermos chorar os rios. Poderá ser?

Está tudo perplexo com o que se passa em Portugal. Até o próprio país assim está, talvez até o mundo nunca tenha visto chorar os rios, mas é verdade: os rios choram em Portugal.

Fui ver chorar o Douro e no intervalo de dois profundos suspiros, perguntei-lhe o que se passava para que chorasse tão convulsivamente. Olhou-me de alto a baixo desde o seu leito, e respondeu-me, um tanto carrancudo:

«A palavra amor corresponde a um movimento que conduz à esperança! Que podemos esperar aqui? Não vês que a União Europeia exige um ambicioso programa de privatizações? A quem ficarei eu a pertencer? Até agora era de todos e, embora houvesse alguns que não me respeitavam como mereço, a maioria gostava de mim. E daqui em diante?»

“Os rios choram e têm razões para isso”, foi a conclusão a que cheguei, porque nem eles querem ser mandados por estrangeiros. Mas não são apenas os rios a chorar, pois também chora a minha alma ao debruçar-se sobre o problema do futuro do meu país, que estão a vender aos lotes a quem der mais…!

Foi pedido o resgate



Bom, dado o que está em causa é tão só o futuro dos nossos filhos e a
própria sobrevivência da democracia em Portugal, não me parece
exagerado perder algum tempo a desmontar a máquina de propaganda
dos bandidos que se apoderaram do nosso país.

Já sei que alguns de vós estão fartos de ouvir falar disto e não querem
saber, que sou deprimente, etc, mas é importante perceberem que o que
nos vai acontecer é, sobretudo, nossa responsabilidade porque não
quisemos saber durante demasiado tempo e agora estamos com um pé
dentro do abismo e já não há possibilidade de escapar.

Estou convencido que aquilo a que assistimos nos últimos dias é uma
verdadeira operação militar e um crime contra a pátria (mais um). Como
sabem há muito que ando nos mercados (quantos dos analistas que dizem
disparates nas TVs alguma vez estiveram nos ditos mercados?) e
acompanho com especial preocupação (o meu Pai diria obsessão) a
situação portuguesa há vários anos.

Algumas verdades inconvenientes não batem certo com a "narrativa"
socialista há muito preparada e agora posta em marcha pela comunicação
social como uma verdadeira operação de PsyOps, montada pelo círculo
íntimo do bandido e executada pelos jornalistas e comentadores "amigos"
e dependentes das prebendas do poder (quase todos infelizmente, dado o
estado do "jornalismo" que temos).

Ora acredito que o plano de operações desta gente não deve andar muito
longe disto:

Narrativa: Se Portugal aprovasse o PEC IV não haveria nenhum resgate.

Verdade: Portugal já está ligado à máquina há mais de 1 ano (O BCE todos
os dias salva a banca nacional de ter que fechar as portas dando-lhe
liquidez e compra obrigações Portuguesas que mais ninguém quer - senão
já teríamos taxas de juro nos 20% ou mais).

Ora esta situação não se podia continuar a arrastar, como é óbvio.

Portugal tem que fazer o rollover de muitos milhares de milhões em dívida
já daqui a umas semanas só para poder pagar salários! Sócrates sabe
perfeitamente que isso é impossível e que estávamos no fim da corda.

O resto é calculismo político e teatro, como sempre fez.

Narrativa: Sócrates estava a defender Portugal e com ele não entrava cá o
FMI.

Verdade: Portugal é que tem de se defender deste criminoso louco que
levou o país para a ruína (há muito antecipada como todos sabem).

A diabolização do FMI é mais uma táctica dos spin doctors de Sócrates.
O FMI fará sempre parte de qualquer resgate, seja o do mecanismo do
EFSF (que é o que está em vigor e foi usado pela Irlanda e pela Grécia),
seja o do ESM (que está ainda em discussão entre os 27 e não se sabe
quando, nem se, nem como irá ser aprovado).

Narrativa: Estava tudo a correr tão bem e Portugal estava fora de perigo
mas vieram estes "irresponsáveis" estragar tudo.

Verdade: Perguntem aos contabilistas do BCE e da Comissão que cá
estiveram a ver as contas quanto é que é o real buraco nas contas do
Estado e vão cair para o lado (a seu tempo isto tudo se saberá).

Alguém sinceramente fica surpreendido por descobrir que as finanças
públicas estão todas marteladas e que os papéis que os socráticos enviam
para Bruxelas para mostrar que são bons alunos não têm credibilidade
nenhuma?

E acham que lá em Bruxelas são todos parvos e não começam a desconfiar
de tanto oásis em Portugal?

Recordo que uma das razões pela qual a Grécia não contou com muita
solidariedade alemã foi por ter martelado as contas sistematicamente,
minando toda a confiança.

Acham que a Goldman Sachs só fez swaps contabilísticos com Atenas?
E todos sabemos que o Eng.º relativo é um tipo rigoroso, estudioso e
duma ética e honestidade à prova de bala, certo?

Narrativa: Os mercados castigaram Portugal devido à crise política
desencadeada pela oposição. Agora, com muita pena do incansável
patriota Sócrates, vem aí o resgate que seria desnecessário.

Verdade: É óbvio que os mercados não gostaram de ver o PEC chumbado
(e que não tinha que ser votado, muito menos agora, mas isso leva-nos a
outro ponto), mas o que eles querem saber é se a oposição vai ou não
cumprir as metas acordadas à socapa por Sócrates em Bruxelas
(deliberadamente feito como se fosse uma operação secreta porque esse
aspecto era peça essencial da sua encenação).

E já todos cá dentro e lá fora sabem que o PSD e CDS vão viabilizar as
medidas de austeridade e muito mais.

É impressionante como a máquina do governo conseguiu passar a
mensagem lá para fora que a oposição não aceitava mais austeridade.
Essa desinformação deliberada é que prejudica o país lá fora porque cria
inquietação artificial sobre as metas da austeridade. Mesmo assim os
mercados não tiveram nenhuma reacção intempestiva porque o que os
preocupa é apenas as metas. Mais nada.

O resto é folclore para consumo interno.

E, tal como a queda do governo e o resgate iminente não foram surpresa
para mim, também não o foram para os mercados, que já contavam com
isto há muito (basta ver um gráfico dos CDS sobre Portugal nos últimos 2
anos, e especialmente nos últimos meses).

Porque é que os media não dizem que a bolsa lisboeta subiu mais de 1%
no dia a seguir à queda?

Simples, porque não convém para a narrativa que querem vender ao
nosso povo facilmente manipulável (julgam eles depois de 6 anos a fazê-lo
impunemente).

Bom, há sempre mais pontos da narrativa para desmascarar mas não sei
se isto é útil para alguém ou se é já óbvio para todos.

E como é 5ª feira e estou a ficar irritado só a escrever sobre este assunto
termino por aqui.

Se quiserem que eu vá escrevendo mais digam, porque isto dá muito
trabalho.

Henrique Medina Carreira

TALVEZ FOSSE BOA IDEIA DIVULGAREM AOS VOSSOS (AS) AMIGOS (AS)
PARA BEM DE TODOS

lélio magalhães pinto de oliveira lélio m p o lempo

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Pourquoi DSK n'a pas fui




La police new-yorkaise avait affirmé que l'ancien directeur général du FMI était parti précipitamment après l'agression sexuelle dont il est accusé.
Le Point a récupéré le billet de réservation du vol AF023 sur lequel Dominique Strauss-Kahn s'apprêtait à quitter New York quand il a été arrêté par la police. Depuis dix jours, ce billet est à l'origine de spéculations. Plusieurs médias américains et français ont affirmé que DSK avait modifié sa réservation peu de temps avant son départ, accréditant ainsi l'idée d'une fuite précipitée défendue par la police new-yorkaise. Le Point peut écrire, document à l'appui, que DSK a modifié son billet le 13 mai (ligne 37 du document), veille de l'agression sexuelle présumée, pour un départ le 14 sur le fameux vol AF023. Aucun autre changement n'a par la suite été effectué.

Autant d'informations qui figurent dans le système Amadeus, le logiciel d'enregistrement des passagers d'Air France. Ce changement d'avion s'expliquerait par la rencontre prévue, à Berlin, le 15 mai après-midi, entre l'ancien patron du FMI et la chancelière allemande Angela Merkel. Comme l'indique le document (ligne 36, 37), récupéré par Le Point, DSK, qui devait atterrir à l'aéroport Charles-de-Gaulle, dimanche 15 mai à 6 heures, avait prévu une correspondance pour Berlin à 12 h 55. Un retour sur Paris était prévu le 18 mai par le vol AF7192 Bruxelles-Paris.
Le 15 mai, à son arrivée à Paris, l'ex-directeur général du FMI avait une escale obligée de sept heures à l'aéroport Charles-de-Gaulle. Il devait en profiter pour faire un détour par son appartement parisien.

(Le Point 25 Mai 2011)

CLUBE BILDERBERG EM ACÇÃO!




É fácil destruir a quem se opõe às suas tácticas financeiras.

Dominique Strauss Kahn foi eliminado por ameaçar a elite financeira mundial


Dominique Strauss Kahn foi vítima de uma conspiração construída ao mais alto nível por se ter tornado uma ameaça crescente aos grandes grupos financeiros mundiais. As suas recentes declarações como a necessidade de regular os mercados e as taxas de transacções financeiras, assim como uma distribuição mais equitativa da riqueza, assustaram os que manipulam, especulam e mandam na economia mundial.

Não vale a pena pronunciar-nos sobre a culpa ou inocência pelo crime sexual de que Dominique Strauss Kahn é acusado, os media já o lincharam. De qualquer maneira este caso criminal parece demasiado bem orquestrado para ser verdadeiro, as incongruências são muitas e é difícil acreditar nesta história.
O que interessa aqui salientar é: quem beneficia com a saída de cena de Strauss Kahn?
Convém lembrar que quando em 2007 ele foi designado para ser o patrão do FMI, foi eleito pelo o grupo do clube Bilderberg, do qual faz parte. Na altura, ele não representava qualquer "perigo" para as elites económicas e financeiras mundiais com as quais partilhava as mesmas ideias.
Em 2008, surge a crise financeira mundial e com ela, passados alguns meses, as vozes criticas quanto à culpa da banca mundial e à ao papel permissivo e até colaborante do governo norte-americano. Pouco a pouco, o director do FMI começou a demarcar-se da política seguida pelos seus antecessores e do domínio que os Estados Unidos sempre tiveram no seio da organização.
Ainda no início deste mês, passou despercebido nos media o discurso de Dominique Strauss Kahn. Ele estava agora bem longe do que sempre foi a orientação do FMI. Progressivamente o FMI estava a abandonar parte das suas grandes linhas de orientação: o controlo dos capitais e a flexibilização do emprego. A liberalização das finanças, dos capitais e dos mercados era cada vez mais, aos olhos de Strauss Kahn, a responsável pela proliferação da crise "made in America".
O patrão do FMI mostrava agora nos seus discursos uma via mais "suave" de "ajuda" financeira aos países que dela necessitavam, permitia um desemprego menor e um consumo sustentado, e que portanto não seria necessário recorrer às privatizações desenfreadas que só atrasavam a retoma económica. Claro que os banqueiros mundiais não viam com bons olhos esta mudança, achavam que está tudo bem como sempre tinha estado, a saber: que a política seguida até então pelo FMI tinha tido os resultados esperados, isto é os lucros dos grandes grupos financeiros estavam garantidos.
Esta reviravolta era bem-vinda para economistas progressistas como Joseph Stiglitz que num recente discurso no Brooklings Institution, poderá ter dado a sentença de morte ao elogiar o trabalho do seu amigo Dominique Strauss Kahn. Nessa reunião Strauss Kahn concluiu dizendo: "Afinal, o emprego e a justiça são as bases da estabilidade e da prosperidade económica, de uma política de estabilidade e da paz. Isto são as bases do mandato do FMI. Esta é a base do nosso programa".
Era impensável o poder financeiro mundial aceitar um tal discurso, o FMI não podia transformar-se numa organização distribuidora de riqueza. Dominique Strauss Kahn tinha-se tornado num problema.
Recentemente tinha declarado: "Ainda só fizemos metade do caminho. temos que reforçar o controlo dos mercados pelos Estados, as políticas globais devem produzir uma melhor distribuição dos rendimentos, os bancos centrais devem limitar a expansão demasiado rápida dos créditos e dos preços imobiliários Progressivamente deve existir um regresso dos mercados ao estado".
A semana passada, Dominique Strauss Kahn, na George Washington University, foi mais longe nas suas declarações: "A mundialização conseguiu muitos resultados...mas ela também um lado sombrio: o fosso cavado entre os ricos e os pobres. Parece evidente que temos que criar uma nova forma de mundialização para impedir que a "mão invisível" dos mercados se torne num "punho invisível".
Dominique Strauss Kahn assinou aqui a sua sentença de morte, pisou a alinha vermelha, por isso foi armadilhado e esmagado.

lélio magalhães pinto de oliveira lélio m p o lempo

terça-feira, 24 de maio de 2011

Ennemis de l’OTAN en Irak et en Afghanistan, alliés en Libye


S’appuyant sur le dépouillement entrepris à l’Académie militaire de West Point des archives confisquées de l’Émirat islamique d’Irak, l’historien et journaliste états-unien Webster G. Tarpley montre que le personnel du Conseil national de transition libyen est largement issu d’al-Qaida. Dans un vaste mouvement de réorganisation de leurs actions secrètes, les États-Unis encadrent en Libye —et en Syrie— les jihadistes contre lesquels ils luttent en Irak et en Afghanistan. « Ben Laden est mort ! Vive les benladenistes ! », peut-on s’exclamer avec cynisme à Washington.

L’actuelle opération militaire contre la Libye a été motivée par la résolution 1973 du Conseil de sécurité de l’ONU et a pour objectif de protéger les civils. Les déclarations du président Obama, du Premier ministre britannique David Cameron, du Président Sarkozy, et d’autres dirigeants ont souligné la nature humanitaire de cette intervention, qui a officiellement pour but d’empêcher le massacre de forces pro-démocratiques et de partisans des droits de l’homme par le régime de Kadhafi.

Mais dans le même temps, de nombreux commentateurs ont manifesté une certaine anxiété en raison du mystère entourant le gouvernement de transition anti-Kadhafi qui a vu le jour au début du mois de mars dans la ville de Benghazi située dans le district cyrénaïque au nord-est de la Libye. Ce gouvernement a déjà été reconnu par la France et le Portugal comme le seul représentant légitime du peuple libyen. Le Conseil des rebelles semble se composer d’un peu plus de 30 délégués, dont la plupart restent entourés d’un halo de mystère. De plus, les noms de plus d’une douzaine de membres de ce Conseil sont tenus secrets, prétendument pour protéger ces personnes de la vengeance [éventuelle] de Kadhafi. Mais il pourrait bien y avoir d’autres raisons derrière ce secret entourant leur identité. Malgré les nombreuses incertitudes, les Nations unies et une bonne partie des nations clés de l’OTAN, dont les USA, se sont empressées d’aider les forces rebelles au moyen de frappes aériennes, ce qui a mené à la perte d’un ou deux avions de la Coalition avec la perspective de pertes bien plus lourdes surtout en cas d’invasion [terrestre]. Il est grand temps que les États-uniens et les Européens en sachent un peu plus au sujet de ces rebelles qui sont supposés représenter une alternative démocratique et humanitaire au régime de Kadhafi.

Il est clair que les rebelles ne sont pas des civils, mais bien une force armée. Quel genre de force armée ?

Étant donné la difficulté d’étudier les chefs rebelles depuis l’étranger, et puisque le profil sociologique des rebelles est impossible à établir au beau milieu de cette guerre, peut-être que la méthode typiquement utilisée en histoire des sociétés peut être appelée à la rescousse. Existe-t-il un moyen de savoir exactement quel climat d’opinion prévaut dans ces villes du nord-est de la Libye, comme Benghazi, Tobrouk ou Darna, qui représentent les foyers de la rébellion ?

Une étude « West Point » datant de décembre 2007 s’est penchée sur le profil des combattants étrangers de la guérilla, et a établi que des djihadistes ou des Moudjahidins, certains étant des kamikazes potentiels, ont traversé la frontière syrienne pour se rendre en Irak pendant la période 2006-2007, le tout étant supervisé par l’organisation terroriste internationale al-Qaida. Cette étude se base sur près de 600 fiches du « personnel » saisies par les Forces US à l’automne 2007, puis analysées à West Point à l’aide d’une méthodologie que nous aurons l’occasion d’examiner après en avoir présenté les principales conclusions. Les résultats de cette étude [Document à télécharger au bas de cette page] ont permis de découvrir certains traits prédominants dans la mentalité et les structures de croyance des populations du Nord-Est libyen, et ont permis de déterminer quelques points importants sur la nature politique de la révolte anti-Kadhafi dans cette région.

Darna, nord-est de la Libye : Capitale mondiale des djihadistes

La découverte majeure à laquelle a mené cette étude de West Point est que le couloir allant de Benghazi à Tobrouk, en passant par la ville de Darna (aussi épelée Derna) représente l’une des plus grandes concentrations au monde de terroristes djihadistes, et peut être considérée comme la première source de candidats à l’attentat kamikaze, tous pays confondus. Darna, avec une proportion de 1 combattant terroriste envoyé en Irak « tuer de l’États-unien » pour 1 000 à 1 500 habitants, semble être le paradis des kamikazes, dépassant de loin son compétiteur le plus proche, à savoir Riyad, en Arabie Saoudite.

D’après les auteurs du rapport de West Point, Joseph Felter et Brian Fishman, l’Arabie Saoudite occupe la première place si l’on considère le nombre absolu de djihadistes envoyés en Irak combattre les USA et les membres de la Coalition pendant la période en question. La Libye, dont la population représente moins du quart de celle de l’Arabie Saoudite, occupe la deuxième place. L’Arabie Saoudite a envoyé 41 % des combattants. D’après Felter et Fishman, « La Libye était le suivant dans la liste des pays d’origine, avec 18,8 % (112) des combattants provenant de ce pays, parmi ceux qui ont précisé leur nationalité. » D’autres pays bien plus peuplés restaient loin derrière : « La Syrie, le Yémen et l’Algérie étaient les suivants avec respectivement 8,2 % (49), 8,2 % (48) et 7,2 % (43). Les Marocains représentaient 6,1 % (36) des effectifs et les Jordaniens 1,9 % (11). ».

Cela signifie qu’au moins 1/5 des combattants étrangers entrant en Irak à travers la frontière syrienne venaient de Libye, un pays peuplé d’à peine 6 millions d’habitants. La proportion d’individus désireux de combattre en Irak était bien plus importante parmi les Libyens que pour n’importe quel autre pays appuyant les moudjahidines. Felter et Fishman on souligné le fait que « presque 19 % des combattants dans les dossiers de Sinjar, venaient de la seule Libye. De plus, la Libye a proportionnellement bien plus contribué que n’importe quelle autre nation, d’après les dossiers de Sinjar, même par rapport à l’Arabie Saoudite. »

Mais étant donné que les dossiers sur le personnel d’al-Qaïda contiennent le lieu de résidence des combattants étrangers, nous avons la preuve que l’envie de se rendre en Irak pour « tuer de l’États-unien » n’est pas répartie uniformément en Libye, mais se concentre tout particulièrement précisément dans les zones entourant Benghazi qui forment aujourd’hui l’épicentre de cette révolte contre le colonel Kadhafi que les USA, la Grande-Bretagne et la France soutiennent avec tant d’enthousiasme.

Comme le note [le journaliste] Daya Gamage dans un récent article d’Asia Tribune à propos de l’étude de West Point, « …chose inquiétante pour les stratèges politiques occidentaux, la plupart des combattants venaient de l’est de la Libye, précisément du foyer de l’actuelle insurrection contre le colonel Kadhafi. D’après le rapport de West Point, la ville de Darna située dans l’Est libyen a envoyé en Irak plus de combattants que n’importe quelle autre ville [de Libye]. Il fixe à 52 le nombre de combattants qui sont arrivés en Irak en provenance de Darna, une ville de tout juste 80 000 habitants (le 2e contributeur étant la ville de Riyad en Arabie Saoudite, ville qui compte plus de 4 millions d’habitants). Benghazi, la capitale du gouvernement provisoire libyen choisie par les rebelles anti-Kadhafi, en a envoyé 21, là aussi un chiffre disproportionné par rapport à sa population. » Darna la mystérieuse a dépassé sur le fil la métropole de Riyad avec 52 combattants contre 51. Tripoli, la place forte de Kadhafi, en revanche, n’apparait pas du tout dans les statistiques.

Comment expliquer l’extraordinaire concentration de combattants anti-US à Benghazi et à Darna ? La réponse semble liée aux écoles « extrémistes » en théologie et en politique qui fleurissent dans cette région. Comme le note le rapport de West Point : « Darna comme Benghazi sont depuis longtemps associées avec le militantisme islamique en Libye. » Ces zones sont en conflit idéologique et tribal avec le pouvoir central du Colonel Kadhafi, en plus de lui être politiquement opposé. La question de savoir si ce conflit théologique mérite la mort de soldats états-uniens ou européens appelle de fait une réponse rapide.

Fleter et Fishman remarquent qu’« une large majorité des combattants libyens parmi ceux qui ont précisé leur ville d’origine dans les fichiers de Sinjar habite au nord-est du pays, en particulier dans la ville côtière de Darna avec 62, 5% (52) et celle de Benghazi avec 23,9 % (21). Toutes deux sont depuis longtemps associées au militantisme islamique en Libye, en particulier au travers d’un soulèvement [organisé] par des organisations islamistes au milieu des années 1990. Le gouvernement libyen a accusé des « infiltrés » venant du Soudan et de l’Égype d’avoir fomenté cette révolte, ainsi qu’un groupe – le Libyan Islamic Fighting Group (jama-ah al-libiyah al-muqatilah) –connu pour compter dans ses rangs des vétérans afghans. Les insurrections libyennes furent extrêmement violentes. »

L’Est de la Libye : La plus grande concentration de candidats kamikazes

Un autre aspect tout à fait remarquable de la contribution libyenne à la guerre contre les Forces US en Irak est la propension marquée de Libyens du Nord-Est à choisir l’attentat suicide à la bombe comme méthode privilégiée de combat. Comme le rapporte l’étude de West Point, « parmi les 112 combattants libyens fichés, 54,4 % (61) ont précisé la nature de leur mission. Parmi eux, 85,2 % (51) ont inscrit « attentat suicide à la bombe » pour décrire le but de leur venue en Irak. » Ce qui signifie que les Libyens du Nord-Est sont bien plus enclins à se faire exploser que tous les combattants venant d’autres pays. « Les combattants libyens étaient beaucoup plus fréquents dans la liste des candidats kamikazes que pour toute autre nationalité (85 % pour les Libyens, 56 % pour tous les autres). »

En 2007, l’organisation anti-Kadhafi dénommée Groupe islamique combattant en Libye (GICL) fusionne avec al-Qaïda

La base institutionnelle dédiée au recrutement des combattants de la guérilla dans le Nord-Est de la Libye est associée avec une organisation qui s’appelait auparavant le Groupe islamique combattant en Libye (GICL) [الجماعة الليبية المقاتلة]. Pendant l’année 2007, le GIAL s’est lui-même officiellement déclaré comme franchise d’al-Qaida, et a changé son nom en « Al-Qaïda au Maghreb Islamique » (AQMI) [تنظيم القاعدة في بلاد المغرب الإسلامي]. La conséquence de cette fusion en 2007 fut qu’un nombre croissant de combattants de la guérilla se rendit en Irak en provenance de la Libye. D’après Felter et Fishman, « l’apparent afflux de recrues arrivant en Irak pourrait être lié à une collaboration toujours plus étroite entre le GICL et al-Qaida, qui a abouti le 3 novembre 2007 à la fusion officielle entre le GICL et al-Qaida. » Cette fusion est confirmée par d’autres sources : en 2008, une déclaration attribuée à Ayman al-Zawahiri confirmait que le Groupe islamique combattant en Libye ( avait rejoint al-Qaïda.

L’émir terroriste vante le rôle-clef de Benghazi et de Darna au sein d’al-Qaida

Le rapport de West Point établit clairement que les principales places fortes du GICL — devenu plus tard AQMI — étaient les deux villes de Benghazi et Darna. Ceci est illustré par une déclaration d’Abu Layth al-Libi, le très particulier « émir » du GICL, qui deviendra plus tard l’un des leaders d’al-Qaïda. Au moment de la fusion de 2007, Abu Layth al-Libi, l’émir du GICL souligna l’importance de la contribution de Benghazi et de Darna dans le djihadisme islamique, en déclarant : « C’est par la grâce d’Allah que nous hissons la bannière du djihad contre ce régime hérétique, sous la direction du Groupe islamique combattant en Libye ( qui a sacrifié l’élite de ses fils et de ses officiers pour combattre ce régime, et dont le sang fut versé dans les montagnes de Darna, les rues de Benghazi, les banlieues de Tripoli, le désert de Saba et les sables des plages. »

La conséquence de la fusion de 2007 fut que les recrues libyennes d’al-Qaida prirent une importance croissante dans l’activité de l’ensemble de l’organisation, déplaçant ainsi son centre de gravité en l’éloignant des Saoudiens et des Égyptiens qui étaient beaucoup plus prépondérants avant cela. Comme le notent Felter et Fishman, « les factions libyennes (principalement le Groupe islamique combattant en Libye) ont pris une importance croissante au sein d’al-Qaïda. Les fichiers de Sinjar montrent que de plus en plus de Libyens sont partis combattre en Irak à partir de mai 2007. La plupart des recrues libyennes provenaient de villes du Nord-Est de la Libye, une zone connue depuis longtemps comme étant liée à la mouvance djihadiste. »

L’étude de West Point rendue en 2007 conclut en formulant quelques options politiques pour le gouvernement US. Une approche possible, suggérée par les auteurs, serait que les États-Unis coopèrent avec les actuels gouvernements arabes pour contrer les terroristes. Comme l’indiquent Felter et Fishman, « les gouvernements libyens et syriens partagent cette même préoccupation américaine d’une idéologie djihadiste salafiste violente, et d’actes violents perpétrés par ses membres. Ces gouvernements, comme d’autres au Proche-Orient, redoutent la violence sur leur sol et préfèreraient de loin que les éléments radicaux aillent en Irak plutôt que de causer des troubles « à la maison ». Les efforts des USA et de la Coalition pour endiguer le flot de combattants se rendant en Irak seraient plus efficaces s’ils prenaient en compte l’ensemble de la chaine logistique qui permet de déplacer ces individus — en commençant par leur pays d’origine — plutôt que de s’occuper simplement des points d’entrée syriens. Les USA devraient être en mesure d’augmenter la coopération des gouvernements pour mettre un frein au flot de combattants se rendant en Irak, en les aidant à résoudre leurs propres problèmes locaux de violence djihadiste. » Compte tenu de ce qui s’est produit par la suite, nous pouvons affirmer que ce n’est pas cette option qui a été choisie, ni à la fin de l’ère Bush, ni durant la première moitié du mandat d’Obama.

L’étude de West Point fournit également une autre option, plus sinistre. Felter et Fishman laissent entendre qu’il est possible en Libye d’utiliser les anciennes factions du GICL d’al-Qaida contre le gouvernement du colonel Kadhafi, essentiellement en créant une alliance de facto entre les États-Unis et un segment de l’organisation terroriste. Le rapport de West Point note que : « La fusion entre le Groupe islamique combattant en Libye (GICL) et al-Qaida, et son apparente décision de fournir en priorité un soutien logistique à l’État islamique d’Irak est probablement une source de controverse au sein de l’organisation. Il ne serait pas surprenant que certaines factions du GICL donnent toujours priorité à la lutte contre le régime libyen par rapport au combat en Irak. Il est sans doute possible d’exacerber les divisions au sein même du GICL, et entre les leaders du GICL et ceux d’al-Qaida provenant de la base traditionnelle saoudienne et égyptienne. » Cela correspond à la politique US que nous voyons aujourd’hui, celle consistant en une alliance avec les fanatiques obscurantistes et réactionnaires d’al-Qaida en Libye contre le colonel Kadhafi, un réformateur de type nassérien.

Armer les rebelles : l’expérience de l’Afghanistan

En regardant la dramatique expérience des efforts US consistant à mobiliser les populations d’Afghanistan contre l’occupation soviétique dans les années 80, il devrait être clair que la politique de la Maison-Blanche de Ronald Reagan s’attachant à armer les Moudjahidins afghans de missiles Stinger et d’autres armements modernes s’est révélée tragique pour les États-Unis. Comme semble pratiquement l’admettre Robert Gates dans ses Mémoires, al-Qaida fut créée pendant ces années-là par les États-Unis comme une sorte de légion arabe pour aller combattre la présence soviétique, avec les résultats à long terme désastreux que l’on connait.

Aujourd’hui, il est clair que les États-Unis fournissent des armes modernes aux rebelles libyens via l’Arabie Saoudite et à travers la frontière égyptienne, avec le soutien actif de l’armée égyptienne et de la nouvelle junte militaire pro-US installée dans ce pays. Tout ceci se passe en violation directe de la résolution 1973 du Conseil de sécurité, qui appelle à un embargo total des livraisons d’armes à la Libye. On suppose que ces armes seront utilisées contre le colonel Kadhafi dans les semaines qui viennent. Mais, étant donné la nature violemment anti-US de la population du Nord-Est libyen qui est en train d’être ainsi équipée, il n’est absolument pas certain que toutes ces armes ne vont pas un jour ou l’autre être retournées contre ceux qui les ont fournies.

Mais ce qui pose un problème encore plus important, c’est la conduite d’un futur gouvernement libyen dominé par l’actuel conseil rebelle, avec sa large majorité d’islamistes du Nord-Est, ou d’un gouvernement similaire d’un éventuel futur État indépendant cyrénaïque. En supposant qu’un tel régime aura accès aux revenus du pétrole, il est évident qu’un certain nombre de problèmes de sécurité internationale se posent. [Le journaliste] Daya Gamage écrit à ce propos : « Dans le cas où la rébellion réussit à abattre le régime de Kadhafi, elle aura accès direct aux dizaines de milliards de dollars que Kadhafi est censé avoir caché dans différents pays étrangers au cours de son règne de 40 ans. » Vu la mentalité prévalant dans le Nord-Est de la Libye, on peut aisément imaginer à quoi seraient consacrés ces revenus.

Qu’est-ce qu’al-Qaida, et pourquoi la CIA l’a utilisée ?

Al-Qaida n’est pas une organisation centralisée, mais plutôt une espèce de rassemblement de fanatiques, de psychotiques , d’agents doubles, de provocateurs, de mercenaires, etc… Comme expliqué plus haut, al-Qaida fut fondée par les États-Unis et les Britanniques pendant la guerre contre les Soviétiques en Afghanistan. La plupart de ses leaders, comme le fameux commandant en second Ayman Zawahiri, ou l’actuelle star montante Anwar Awlaki, sont clairement des agents doubles du MI-6 et/ou de la CIA. La croyance fondamentale qui structure al-Qaida est que tous les actuels gouvernements arabes ou musulmans sont illégitimes et doivent être abattus, car il ne représentent pas le califat qu’al-Qaida affirme lire dans le Coran. Cela signifie que l’idéologie d’al-Qaida offre aux agences de renseignements un moyen simple et prêt à l’emploi pour attaquer et déstabiliser les gouvernements arabes et musulmans en place, dans le cadre de leur incessant besoin impérialiste et colonial de piller et d’attaquer les nations en voie de développement. C’est précisément ce qui se passe actuellement en Libye.

Al-Qaida a émergé du milieu politico-culturel des Frères musulmans, ou Ikhwan, lui-même créé par les services de renseignement britanniques en Égypte dans les années 1920. Les USA et la Grande-Bretagne utilisèrent alors les Frères musulmans égyptiens comme mouvement d’opposition aux brillantes politiques anti-impérialistes du président égyptien Nasser, qui remportait d’immenses victoires pour son pays en nationalisant le Canal de Suez et en bâtissant le barrage d’Assouan sans lequel l’Égypte moderne était inconcevable. Les Frères musulmans ont fourni contre Nasser une sorte de « 5e colonne » active et efficace, constituée d’agents étrangers, exactement comme al-Qaida au Maghred Islamique (AQMI) clame haut et fort son soutien à la rébellion contre le colonel Kadhafi.

Je parle en détail de la nature d’al-Qaida dans mon récent ouvrage intitulé La Terreur Fabriquée, Made in USA, et je ne vais pas répéter cette analyse ici. Je me contenterai de rappeler que nous n’avons pas besoin de croire au mythe fantastique que le gouvernement US a bâti autour de l’appellation « al-Qaida », pour reconnaitre le fait avéré que les militants ou les déséquilibrés qui rejoignent les rangs d’al-Qaida sont souvent sincères dans leur haine et dans leur ardent désir de « tuer de l’États-unien ou de l’Européen ». La politique de l’administration Bush a utilisé la supposée présence d’al-Qaida comme prétexte pour une attaque militaire directe contre l’Afghanistan et l’Irak. L’administration Obama est en train de changer cela, en intervenant aux côtés d’une rébellion dans laquelle al-Qaida et ses alliés sont fortement représentés alors qu’ils s’attaquent au régime autoritaire du colonel Kadhafi en place depuis des dizaines d’années. Ces deux politiques mènent à coup sûr à la faillite, et doivent être abandonnées.

Les chefs des rebelles, Jalil et Younis, comme la plupart de ceux formant le Conseil des rebelles sont membres de la tribu Harabi liée avec al-Qaïda

Le résultat de la présente enquête est que la branche libyenne d’al-Qaida représente un continuum du Groupe islamique combattant en Libye installé à Darna et à Benghazi. La base ethnique du GICL est apparemment constituée par la tribu Harabi [profondément] anti-Kadhafi, d’où est issue la grande majorité du Conseil des rebelles, y compris ses deux principaux leaders Abdul Fatah Younis et Mustafa Abdul Jalil. Ces éléments montrent bien qu’en pratique, le Groupe islamique combattant en Libye, l’élite de la tribu Harabi, et le Conseil des rebelles soutenu par Obama sont très fortement imbriqués. Comme me le disait il y a plusieurs années l’ex-ministre des Affaires étrangères de la République du Guyana et président de l’Assemblée générale de l’ONU, Fred Wills — qui fut un véritable combattant contre l’impérialisme et le néo-colonialisme —, les formations politiques dans les pays en voie de développement (et pas seulement là) masquent souvent des rivalités ethniques ou religieuses ; c’est le cas en Libye. La rébellion contre Kadhafi est un mélange toxique de haine fanatique contre Kadhafi, d’islamisme, de tribalisme, et de rivalités locales. De ce point de vue, la décision d’Obama de prendre parti dans une guerre tribale est idiote.

Lorsqu’Hillary Clinton s’est rendue à Paris pour être présentée aux rebelles libyens par le président Sarkozy, elle a rencontré le leader de l’opposition libyenne Mahmoud Jibril, qui a reçu une éducation états-unienne et était déjà connu des lecteurs de Wikileaks comme l’un des [interlocuteurs] préférés des États-Unis.

Si Jibril peut être considéré présentable à Paris, les vrais meneurs de l’insurrection libyenne sont en réalité Jalil et Younis, tous deux ex-ministres de Kadhafi. Parmi les deux, Jalil semble bien être le chef, du moins pour l’instant : « Mustafa Abdul Jalil ou Abdul-Jalil (en arabe : مصطفى عبد الجليل, qui peut aussi s’écrire Abdul-Jelil, Abd-al-Jalil, Abdel-Jalil ou Abdeljalil, et aussi parfois, mais de façon erronée Abud Al Jeleil) est un politicien libyen né en 1952. Il fut ministre de la Justice (et de façon non officielle, secrétaire du Comité général du peuple) du colonel Mouammar Kadhafi (…) Abdul Jalil a été identifié comme le président du Conseil national de transition basé à Benghazi, bien que ce poste lui soit contesté par d’autres éléments parmi les rebelles, en raison de ses connexions passées avec le régime de Kadhafi. »

Concernant Younis, il a été étroitement lié à Kadhafi depuis sa prise de pouvoir en 1968-1969. « Abdul Fatah Younis (en arabe : عبد الفتاح يونس) est un haut gradé de l’armée libyenne. Il portait le rang de général, et a occupé le poste de ministre de l’Intérieur avant de démissionner le 22 février 2011… » [Ibid.]

Ce qui devrait le plus nous inquiéter est qu’aussi bien Jalil que Younis appartiennent à la tribu Haribi, majoritaire dans le Nord-Est de la Libye, qui est précisément celle qui se recoupe avec al-Qaida. D’après l’agence Stratfor, « …la tribu Harabi est historiquement un ensemble puissant de clans de l’Est libyen qui a vu son influence décliner sous Kadhafi. Le leader libyen a en effet confisqué des terres arables aux membres de cette tribu pour les attribuer à d’autres clans plus faibles, mais plus loyaux…La plupart des leaders de l’Est libyen émergeant aujourd’hui proviennent de la tribu Harabi, y compris les chefs du gouvernement provisoire installé à Benghazi, Abdel Mustafa Jalil, et Abdel Fatah Younis, qui ont eu un rôle-clef dans la défection de certains militaires au début de l’insurrection. »

C’est un peu comme une course à la présidentielle où les deux candidats seraient issus du même État, sauf que les féroces rivalités tribales aggravent considérablement le problème.

Conseil des rebelles : La moitié des noms restent secrets. Pourquoi ?

Même si l’on regarde le Conseil des rebelles dans sa globalité, l’image d’une base régionale, sectaire et étroite ne s’améliore pas, loin de là. D’après une description récente qui en est faite, le Conseil des rebelles est « présidé par un ex-ministre libyen de la justice, à la bonne réputation, Mustafa Abdul Jalil, et est formé de 31 membres, censés représenter tout le pays, mais dont les noms ne peuvent pas être divulgués pour des ‘’raisons de sécurité’’ » … « Les principaux membres du Conseil, du moins ceux que nous connaissons, appartiennent tous à la confédération de tribus Harabi du Nord-Est libyen. Ces tribus ont de fortes connexions avec Benghazi remontant à avant même la révolution de 1969 qui amena Kadhafi au pouvoir. » D’autres articles confirment le nombre de représentants : « Le Conseil est constitué de 31 membres ; l’identité de plusieurs de ces membres n’a pas été rendue publique afin de préserver leur sécurité. » Etant donné tout ce que nous savons sur l’extraordinaire densité de combattants du GICL et de fanatiques d’al-Qaïda dans le Nord-Est libyen, il nous parait légitime de nous demander si l’identité de tous ces membres du Conseil est véritablement gardée secrète pour les protéger de Kadhafi, ou bien si ce n’est pas plutôt pour éviter que leurs noms ne soient reconnus par l’Occident comme étant ceux de terroristes ou de sympathisants d’al-Qaïda. La dernière hypothèse semble bien plus proche de la situation actuelle.

Les noms divulgués à ce jour sont : Mustafa Abduljaleel ; Ashour Hamed Bourashed, représentant la ville de Darna ; Othman Suleiman El-Megyrahi, pour la région de Batnan ; Al Butnan, pour la zone frontalière avec l’Égypte et Tobrouk ; Ahmed Abduraba Al-Abaar, pourla ville de Benghazi ; Fathi Mohamed Baja, pour Benghazi ; Abdelhafed Abdelkader Ghoga, pour Benghazi ; M. Omar El-Hariri pour les Affaires militaires ; et Dr. Mahmoud Jibril, Ibrahim El-Werfali et Dr. Ali Aziz Al-Eisawi pour les Affaires étrangères.

Le Département d’État devrait interroger ces personnes, en commençant peut-être par Ashour Hamed Bourashed, le délégué pour la ville de Darna, place-forte des terroristes et des candidats à l’attentat kamikaze.

Combien de membres, de vétérans ou de sympathisants d’al-Qaïda font partie du Conseil des rebelles ?

Tout ce que l’on peut savoir à travers le brouillard de la guerre, c’est qu’au moins une douzaine de membres du Conseil ont vu leurs noms publiés officiellement —en tout cas, pas plus de la moitié de ses 31 membres—. Les médias US et européens n’ont pas cherché à identifier pour nous tous ces noms que nous connaissons maintenant, mais surtout ils n’ont pas cherché à attirer l’attention sur cette majorité [obscure] du Conseil des rebelles qui continue d’agir dans le secret le plus total. Par conséquent, nous devons exiger de connaitre le nombre de membres, de vétérans ou de sympathisants du GICL et d’al-Qaida qui appartiennent à ce Conseil des rebelles.

Nous sommes actuellement les témoins d’une tentative de prise de pouvoir de la tribu Harabi sur les 140 autres tribus libyennes. Les Harabi ont déjà pratiquement l’hégémonie du pouvoir dans la région cyrénaïque. Au cœur de la confédération Harabi, on trouve le clan El-Obeidat, qui est lui-même divisé en 15 sous-clans. Toutes ces considérations pourraient être d’un pur intérêt académique, s’il n’y avait cette évidente intersection entre d’une part les tribus Harabi et d’autre part le GICL et al-Qaïda.

Le mouvement Senussi en Libye – monarchiste ou démocratique ?

La tradition politico-religieuse au Nord-Est de la Libye fait de cette région un terreau propice aux sectes musulmanes les plus extrêmes, et la prédispose également à la monarchie bien plus qu’aux formes plus modernes de gouvernement voulues par Kadhafi. La tradition régionale prédominante est celle de l’ordre Sanussi (ou Senussi), une secte musulmane qui s’oppose à l’Occident. En Libye, l’ordre Senussi est étroitement lié à la monarchie, et ce, depuis le Roi Idris —ce dirigeant installé au pouvoir par les Britanniques en 1951 et qui fut renversé par Kadhafi en 1969— et qui était le chef de l’ordre Senussi. Dans les années 1930, les Senussi ont organisé la rébellion contre les colons italiens emmenés par le maréchal Rodolfo Graziani et son armée. Aujourd’hui, les rebelles utilisent le drapeau de la monarchie, et pourraient préconiser le retour sur le trône d’un des deux prétendants appartenant à la lignée d’Idris. [En somme], ils sont bien plus proches de la monarchie que de la démocratie.

Le Roi Idris, révéré par les actuels rebelles libyens

Voici la vision que l’agence Stratfor a du Roi Idris et des Senussi : « Le Roi Idris appartient à une lignée de dirigeants issus de l’ordre Senussi, un ordre religieux soufi fondé en 1842 à Al Bayda qui pratique une forme austère et conservatrice de l’islam. La Sanussie représentait, avant la création de l’État moderne de Libye, une force politique dans la région cyrénaïque, et conserve toujours une certaine influence aujourd’hui. Ce n’est pas un hasard si cette région est le foyer du djihadisme libyen, avec des groupes comme le Groupe islamique combattant en Libye (GICL). Le clan Kadhafi a de fait qualifié la révolte actuelle de complot islamique élaboré… » Sous la monarchie, la Libye était selon certaines estimations, le pays le plus pauvre au monde. Aujourd’hui, elle figure en 53e position dans l’Indice de développement humain de l’ONU. Devançant la Russie, le Brésil, l’Ukraine et le Vénézuéla, elle est de surcroit le pays le plus développé d’Afrique. Le règne de Kadhafi a quelques mérites objectifs qui peuvent difficilement lui être niés.

Le Black Agenda Report de Glen Ford a illustré très justement le caractère raciste et réactionnaire de l’insurrection libyenne. Les tribus du Sud libyen, connues sous le nom de Fezzan, ont la peau brune. La base tribale sur laquelle s’appuie le régime de Kadhafi consiste en une alliance des tribus de l’Ouest, du Centre et du Sud (les Fezzans), qui s’opposent aux Harabi et aux El-Obeidat, qui elles s’identifient à l’ex-classe dirigeante du temps de la monarchie. Les Harabi et les El-Obeidat sont connus pour nourrir de forts sentiments racistes à l’encontre des Fezzans. Cela transparait dans plusieurs articles diffusés dans des médias pro-impérialistes dès le début de l’insurrection, et bien évidemment inspirés par des responsables Harab, selon lesquels les personnes à la peau noire présentes en Libye doivent être traitées comme des mercenaires à la solde de Kadhafi —et doivent par conséquent être exterminées—. Ces propos racistes sont encore répétés par quelques bonimenteurs comme Anne-Marie Slaughter la doyenne de l’École Woodrow Wilson à l’université de Princeton [et ex-directrice de la planification du département d’Etat]. Et effectivement, un nombre impressionnant de noirs africains venant du Tchad ou d’autres pays et travaillant en Libye ont été systématiquement lynchés et massacrés par les forces anti-Kadhafi. La Maison-Blanche d’Obama, qui affiche sa volonté de ne pas voir se reproduire [en Libye] les massacres du Rwanda, a soigneusement ignoré cette histoire effroyable de génocide perpétré par ses nouveaux amis de la région cyrénaïque.

Face à l’obscurantisme des Senussi, Kadhafi a misé sur l’équivalent musulman du sacerdoce de tous les croyants, expliquant que le Califat n’était pas nécessaire pour découvrir le vrai sens du Coran. Il a complété cela par une perspective panafricaine. Gerald A. Perreira du Black Agenda Report écrit la chose suivante à propos de la division théologique entre Kadhafi et les néo-Senussi du Nord Libyen ou d’autres clans obscurantistes : « Al-Qaïda est présente dans le Sahara et à ses frontières, et l’Union internationale des érudits musulmans exige que Kadhafi soit amené devant les tribunaux…[De son côté] Kadhafi a remis en cause l’islam des Frères musulmans et d’al-Qaida d’un point de vue coranique et théologique ; c’est l’un des seuls leaders politiques capables de faire cela. Benghazi a toujours été au cœur de la contre-révolution en Libye, accueillant les mouvements islamiques réactionnaires comme les wahhabites et les salafistes. Ce sont ces individus qui ont formé le Groupe islamique combattant en Libye basé à Benghazi, qui s’est rallié à al-Qaida, et s’est rendu responsable au fil des années, de l’assassinat de plusieurs membres du Comité libyen de la révolution. » Et quel serait, par exemple, le statut des femmes sous le régime néo-Senussi du Conseil des rebelles de Benghazi ?

Al-Qaïda, du démon à l’allié des USA en Libye

Pour ceux qui tentent de suivre les changements dans la façon dont la CIA gère les différentes organisations fantoches au sein du présumé terrorisme islamique, il n’est pas inutile de retracer la transformation du GICL-AQMI qui est passé d’ennemi mortel à proche allié. Ce phénomène est étroitement lié au renversement général des fronts idéologiques de l’impérialisme US qui marque le passage de l’administration Bush-Cheney-néoconservateurs, au régime actuel Obama-Brzezinski-International Crisis Group. L’approche de Bush consistait à utiliser la supposée présence d’al-Qaïda dans un pays pour justifier d’une attaque militaire directe. La méthode Obama consiste [au contraire] à utiliser al-Qaida pour renverser les gouvernements indépendants, et ensuite, soit à séparer les populations et à fragmenter les pays en question, soit à les utiliser comme des pions kamikazes face à des ennemis bien plus forts, comme la Russie, la Chine ou l’Iran. Cette approche nécessite une fraternisation plus ou moins ouverte avec les groupes terroristes, qui a commencé à apparaitre dans le fameux discours d’Obama au Caire en 2009. Les liens entre la campagne d’Obama et les organisations terroristes déployées par la CIA contre la Russie étaient déjà dans le domaine public il y a trois ans.

Mais un tel renversement ne s’improvise pas en une nuit ; cela a nécessité plusieurs années de préparation. Le 10 juillet 2009, le Daily Telegraph de Londres rapportait que le Groupe islamique combattant en Libye se séparait d’al-Qaïda. Cela survint alors que les USA avaient décidé de moins s’investir dans la guerre en Irak, et aussi de se préparer à utiliser les Frères musulmans et autres sunnites d’al-Qaida pour déstabiliser des principaux pays arabes en vue de les retourner contre le régime chiite iranien. Paul Cruikshank a écrit à l’époque un article dans leNew York Daily News à propos d’un des leaders du GICL qui voulait que son mouvement mette fin à ses relations avec al-Qaida et avec son infâme [chef] Oussama Ben Laden ; Il s’agissait de « Noman Benotman, un ex-chef du Groupe islamique combattant en Libye. Alors que cela fait déjà longtemps que les principaux leaders musulmans critiquent al-Qaïda, ces critiques sont désormais appuyées par celles venant des jihadistes eux-mêmes. » Pourtant dans le même temps, certains chefs du GICL se sont ralliés à al-Qaïda : le Daily Telegraphmentionnait ainsi que certains chefs d’al-Qaida comme Abu Yahya al-Libi et Abu Laith al-Libi étaient des membres du GICL. À la même époque, dans un geste humanitaire [d’ailleurs] peu judicieux, Kadhafi avait décidé de relâcher des combattants du GICL.

À l’heure actuelle, des jihadistes du Nord-Est libyen tuent des soldats US et de l’OTAN en Afghanistan

L’une des contradictions mortelles de la politique actuelle du Département d’État et de la CIA, est qu’elle vise à mettre en place une alliance cordiale avec des tueurs d’al-Qaida issus du Nord-Est libyen [prétendument pour protéger les populations civiles], et qu’au même moment, les USA et l’OTAN bombardent sans pitié les civils au Nord-Ouest du Pakistan au nom de la guerre totale contre al-Qaida, et que les forces US ou de l’OTAN se font tuer par des combattants d’al-Qaida dans ce même théâtre d’opération afghano-pakistanais. La puissance de cette contradiction flagrante menace l’ensemble de l’édifice de propagande de guerre états-unien. Les USA ont abandonné depuis longtemps toute moralité au profit de la force militaire.

En réalité, les terroristes combattants issus du Nord-Est libyen pourraient bien être en train de tuer des soldats US ou de l’OTAN en Afghanistan, pendant que les USA et l’OTAN protègent leurs maisons [des assauts] du gouvernement du colonel Kadhafi. D’après le récit qui suit, un haut dirigeant d’al-Qaida commandant le Nord-Ouest du Pakistan a été tué lors d’une opération militaire états-unienne pas plus tard qu’en octobre 2010 : « Un important dirigeant qui a servi comme ambassadeur d’al-Qaïda auprès de l’Iran, et qui est recherché par les USA, aurait été tué il y a deux jours lors d’une frappe aérienne menée depuis un drone Predator dans la zone pakistanaise contrôlée par des tribus proches des Taliban au Nord-Waziristan (…) Il s’agissait d’Atiyah Abd al Rahman, un ressortissant libyen qui était basé en Iran et avait servi comme ambassadeur d’Oussama Ben Laden auprès des Mollahs. Des rapports de presse non confirmés indiquent que Rahman a été tué lors d’une frappe aérienne... » La page [du site Web] sur laquelle le Département d’État US affiche la récompense pour la capture d’Atiyah Abd al Rahman précise que Rahman avait été « nommé par Oussama Ben Laden émissaire d’al-Qaida en Iran », et qu’Atiyah « recrutait et aidait aux négociations avec les autres groupes islamistes pour qu’ils opèrent pour al-Qaïda » et qu’il était aussi « membre du Groupe islamique combattant en Libye et de [Jamaat] Ansar al Sunna. » Rahman était suffisamment haut placé dans la hiérarchie d’al-Qaïda pour se permettre en 2005 de donner des ordres à Abou Moussab Al-Zarkaoui, le chef d’al-Qaida en Irak.

Une autre victime tombée au Pakistan est cet homme apparemment originaire du Nord-Est libyen et connu sous le nom de guerre de Khalid al Harabi, nom qui pourrait indiquer des origines liées au milieu djihadiste des tribus Harabi en Cyrénaïque. D’après une source, « Khalid Al Harabi est aussi connu sous le nom de Khalid Habi, l’ex-chef militaire d’al-Qaida qui fut tué par un tir de Prédator US en octobre 2008. » [Thomas Joscelyn et Bill Roggio, op. cit.]

Le scénario dévoilé dans l’affaire David Shayler en 1995 se reproduit aujourd’hui

David Shayler, un officier du MI-5, le service de contre-espionnage britannique, apprit que son homologue du Renseignement extérieur MI-6 avait versé la somme de 100 000 £ à un membre d’al-Qaida en échange d’une tentative d’assassinat de Kadhafi. La tentative eut bien lieu, et occasionna la mort de nombreux passants innocents, mais échoua à éliminer le dirigeant libyen. Ce que Shayler comprit du scénario est qu’il incluait l’élimination de Kadhafi, suivie par la descente de la Libye dans le chaos et les guerres tribales, avec la possibilité d’une prise de pouvoir directe par al-Qaida elle-même. La situation pourrait alors fournir un prétexte aux Britanniques, agissant probablement, mais pas nécessairement de concert avec les USA ou d’autres pays, pour envahir la Libye et prendre le contrôle des champs pétroliers, sans doute en établissant un protectorat permanent des régions riches en pétrole ou traversées par les pipelines, ainsi que la bordure côtière. Cela reste l’objectif aujourd’hui.

En même temps que la tentative d’assassinat de Kadhafi, le MI-6 et d’autres services secrets occidentaux fomentèrent une importante insurrection dans le Nord-Est libyen, pratiquement dans la même zone où a surgi la rébellion actuelle. Mais la révolte fut alors écrasée par les forces de Kadhafi avant même la fin de l’année 1996. Les événements de 2011 sont simplement la répétition de l’attaque impérialiste contre la Libye, 15 ans plus tard, avec en plus l’intervention étrangère.

La guerre contre l’État Nation

L’actuelle attaque contre la Libye survient dans le contexte plus global d’une attaque contre l’institution d’un État nation souverain, étant donné son existence qui remonte au traité de Westphalie en 1648. Les États-Unis et les Britanniques sont extrêmement inquiets devant la quantité de nations qui tentent d’échapper à l’hégémonie anglo-américaine au travers d’une coopération à grande échelle avec la Russie en matière de sécurité, avec la Chine sur les questions économiques, et avec l’Iran pour ce qui relève des considérations géopolitiques.

La réponse du couple CIA-MI6 a consisté en une vaste orgie de déstabilisations, coups d’État populaires, révolutions colorées, révolutions de palais, mise en lumière par l’opération de diffusion limitée de documents organisée par la CIA et connue sous le nom de Wikileaks, et visant certains noms de la « liste de cibles » de la CIA allant de Ben Ali à Kadhafi. La stratégie d’Obama se serait mieux accommodée d’une initiative spontanée et autonome, et de l’illusion que le printemps arabe fut véritablement l’affaire de jeunes idéalistes visionnaires se rassemblant sur une place pour prêcher la démocratie, la force de la Loi, et les droits de l’homme. Ce ne fut jamais le cas : les décisions actuelles ont été prises par une clique brutale de généraux et de hauts responsables que la CIA a soudoyés ou fait chanter, et qui œuvrent en coulisse pour évincer les personnages comme Ben Ali ou Moubarak. Quoi qu’ait fait Kadhafi par ailleurs, il ne fait aucun doute qu’il a forcé la CIA et l’OTAN à mettre bas les beaux masques de l’idéalisme de la jeunesse et des droits humains, et à révéler l’effroyable visage sous-jacent des drones Predator, des bombardements terrifiants, de la boucherie généralisée et de l’arrogance colonialiste. Kadhafi a aussi réussi à abattre le masque du « Yes we can » d’Obama, dévoilant un va-t-en-guerre cynique poursuivant les politiques bushiennes du « Mort ou vif » ou « Ramenez-le moi », même s’il utilise des moyens différents.

Un lointain miroir de l’impérialisme en Libye : l’épopée « Pharsale » du poète Lucain

Les impérialistes modernes pressés d’envahir la Libye devraient s’inspirer de La Pharsale, l’épopée du poète Lucain, qui traite de la guerre dans le désert libyen lors de la lutte entre Jules César et Pompée le Grand, vers la fin de la République de Rome. Un passage essentiel de ce classique est le discours de Caton d’Utique, partisan de Pompée, qui exhorta ses hommes à entreprendre une mission-suicide en Libye, par ces mots : « Des serpents, la soif, la chaleur et le sable, seule la Libye peut présenter cette multitude de malheurs qui pousserait tout homme à la fuir. » Caton persévère, et trouve « une petite tombe pour renfermer son nom béni, la Libye avait mis fin aux jours de Caton… »

Ne refaisons pas la même folie.

Les pistes d’investigation offertes par l’étude de West Point : un appel aux chercheurs

Le rapport de West Point, comme mentionné ci-dessus, a été mené sur la base de près de 700 fichiers de membres d’al-Qaida récupérés en Irak par les Forces de la Coalition. Les auteurs de cette étude se sont engagés à mettre la base documentaire ayant servi à leur enquête à la disposition du public, à la fois dans la forme de langue arabe utilisée dans ces dossiers d’al-Qaida, mais aussi dans leur forme traduite en anglais. En partant du principe que ces documents restent accessibles, ils pourraient permettre aux chercheurs et aux journalistes, et plus particulièrement ceux ayant des connaissances en arabe (ce qui n’est pas le cas de l’auteur de ces lignes), d’enquêter sur les combattants libyens qui se sont rendus en Irak, et de déterminer si certains d’entre eux sont des parents, des voisins, ou même des associés politiques des membres connus du Conseil des rebelles de Benghazi ou des Forces anti-Kadhafi. Une telle démarche contribuerait à aider les publics européens et américains, et d’autres pays à travers le monde, à mieux comprendre la nature de l’aventure militaire en cours en Libye, au travers d’une meilleure connaissance de qui sont réellement les rebelles libyens, et non par l’image idéaliste et élogieuse qu’en font les médias occidentaux sous contrôle.

(Enviado por um Amigo)