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domingo, 22 de maio de 2011

Nem «troika» nem “união nacional”…

A palavra “troika”, do russo, refere-se a um grande trenó, puxado por três cavalos: o do meio trota de cabeça levantada e os outros dois galopam de cabeça voltada para fora. Ou seja, virada para a esquerda e para a direita, enquanto o do meio olha em frente.

Quanto à “união nacional” refere-se ao partido único permitido no tempo da ditadura salazarista.

Como sou português e não tróico, (do latim troicu), troiano, e do tempo da velha ditadura, não usaria nenhum destes termos, nem uso, pois temos, na nossa língua – que anda a ser “assassinada” com acordos com outros países ditos de língua oficial portuguesa – como “triunvirato ou triunvirado” – derivado do latim “triunviratu” – funções de triúnviro – tempo que duram essas funções; associação de três cidadãos poderosos para açambarcar toda a autoridade de que, no nosso actual caso, se refere à autoridade económica e financeira, ou seja, o FMI, BCE e CE. Que Triunviratu!

Ora, como sou muito respeitador em relação a todas as pessoas, portuguesas ou não, crianças ou velhos, pobres ou ricos, não gosto do termo “tróika”, mesmo aspada, porque sempre que ouço ou leio, me vem á ideia aqueles garbosos ginetes que puxavam os grandes trenós bem ilustrados no magistral filme «Os Irmãos Karamazov», com o saudoso actor Yul Brynner.

Estamos, pois, conversados quanto à “troika”, e falemos agora um bocado, só um bocadinho, da tal “união nacional”, que parece ter vindo à baila devido a uma saudade doutros tempos.

Realmente, pretendem, há quem pretenda um novo partido único, composto pelos actuais membros do PS e do PSD, colocando numa espécie de clandestinidade ou ilegalidade – o que seria possível com uma nova revisão constitucional feita a preceito e conduziria o país a mais um regresso ao passado, onde seria permitido apenas o pensamento único.

É lamentável, muito lamentável, que todos os senhores políticos desses dois partidos tentem, queira ou não o povo, enfiar-nos mais esse barrete, que nos obrigaria a enveredar por uma via de sentido único e obrigatório, o da tal “união nacional”, de que tanto falam nas televisões.

Isto, passados apenas 37 anos da gloriosa alvorada de Abril…

Como diz o povo, vale mais tarde que nunca, e eles conseguiram, demasiado cedo, desmascarar-se.

(Enviado por um Amigo)

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