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segunda-feira, 2 de maio de 2011

A arbitrariedade como norma

Na história dos povos só existe algo tão grave como a falta de liberdade. Trata-se da perplexidade.

Hoje não há dia em que não encontremos uma especial cadência de factos incompreensíveis, que nos afectam directamente e nos deixam sumidos na falta de futuro.

O facto de não compreender é sinónimo de não poder avançar.

Há alguns anos que já deixamos de entender a economia, essa actividade humana que mantém o benefício de alguns a troco da desgraça de muitos.

Também há uns meses que deixei de perceber os dirigentes do país que, bem podiam ter mandado estampar umas camisolas com as siglas duma causa nobre, em vez de tentarem vender-nos a imagem de políticos patriotas, como uma aglomeração de actividades monetárias e ideológicas nas quais se sustentam muitas das atitudes discriminatórias a respeito do povo português.

Tão-pouco consigo compreender que a oferta educativa dum país que se reclama do futuro, ponha no mesmo saco a poupança dos seus administradores, ali junto à consagração da falta de oportunidades dos cidadãos.

Do mesmo modo, é-me absolutamente pedagógico que, em tempos de comunicação global, quando nos é tão fácil ver o tempo que faz nos polos, haja governantes que tentam resistir a que um sinal televisivo chegue a lugares duma parte importante dos seus telespectadores.

Da mesma maneira que leva à falta de razão de toda essa crescente barafunda sobre o desemrego e a publicidade, sobre viagens transatlânticas ou sobre a oferta de carros topo de gama.

Até agora, tão-pouco entendia – e pouco entendo ainda – de futebol, mas nos últimos anos estava a fazer progressos, até que há dias a acção dum árbitro me fez dar, de bruços com a realidade inapelável dos juízes.

O mesmo acontece quando deixo de entender a animadiversão que certos membros da judicatura praticam a respeito de alguns…

A vida deve ser uma lotaria e agora entendo que, comparando os números da razão, jamais conseguiremos ganhar seja o que for.

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