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domingo, 29 de maio de 2011
A Revolução dos Indignados
Cresce, em Espanha, a Revolução dos Indignados, movimento iniciado no dia 15 de Maio, a que chamaram 15-M ou a “revolução espanhola”.
Na passada quinta-feira cresceu, reunindo multidões em dezenas de cidades de todo o país, para exigir a mudança dum sistema que consideram injusto. A revolta aumenta a cada hora que passa.
Começou com uma convocatória nas redes sociais e na Internet, para repudiar a corrupção endémica e a falta de oportunidades para os mais jovens.
A também chamada Revolução dos Indignados acusa, pela situação actual, o FMI, a OTAN, a União Europeia, as agências de classificação de risco, o Banco Mundial e, no caso da Espanha, os dois grandes partidos: PP e PSOE.
Entretanto, a Junta Eleitoral Central (JEC) de Espanha proibiu, em todo o país, qualquer manifestação desde as zero horas de Sábado até às 24 horas de Domingo, dia das eleições municipais, numa clara alusão às mobilizações do movimento cidadão “Democracia Real”, já que, desde o último Domingo, ocorrem em repúdio ao modelo político e económico em vigôr, já espalhadas à escala nacional.
O ministro do Interior declarou que o governo só esperava o pronunciamento da JEC para decidir se ordena à polícia que disperse os manifestantes. Entretanto, milhares de cidadãos indignados na Porta do Sol, em Madrid, na Praça da Catalunha, em Barcelona, na Praça Piar em Saragoça e no Parasol da Encarnação, em Sevilha, entre outras, voltaram a romper o cerco policial e, uma vez mais, repudiaram a política, banqueiros e empresários.
Os manifestantes desenvolveram métodos de organização através de comissões por sectores – saúde, alimentação, educação, meios de comunicação, etc. – que decidem cada actividade. Nas assembleias-gerais, decide-se a estratégia e busca-se uma mensagem política unificada, que mostrem as principais razões de descontentamento e protesto. Na quinta-feira, por exemplo, decidiu-se manter a mobilização até domingo, dia em que ocorrem as eleições locais e, o mais importante, confirmar a convocatória para a manifestação de Sábado da seemana passada.
Mais tarde, a JEC declarou ilegais as concentrações, considerando que não se ajustam à lei eleitoral e excedem o direito de manifestação, garantido constitucionalmente.
Após ter conhecimento da decisão da JEC, o movimento cidadão decidiu simplesmente manter o acampamento, ao mesmo tempo em que ecoou um grito unânime: «Não nos tirarão daqui! Vamos vencer esta revolução!». Seguidamente, foi lido o manifesto original do movimento numa dezena de línguas.
O movimento cidadão tem o seu próprio canal de televisão, que transmite sem cessar, as imagens da Porta do Sol.
(Enviado por um Amigo)
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