A última
sessão da praça financeira foi em 15 de Março e o Governo só pretende que fique
operacional na próxima terça-feira.
Levantamentos
vão continuar limitados a 300 euros por dia
A Bolsa de Chipre vai continuar parada, apesar de os bancos do
país abrirem nesta quinta-feira, depois de doze dias de encerramento forçado. O
Governo pretende manter a praça financeira inactiva até dia 2 de Abril, terça-feira,
noticiou a Reuters.
Está previsto que as instituições financeiras do país reabram as
portas às 12h locais (10h de Lisboa), havendo já relatos de guardas armados à
porta dos bancos, embora não haja ainda registo de distúrbios, segundo a AFP.
Depois
de o Governo ter confirmado a data da reabertura, espera-se que muitos
cipriotas se desloquem às diferentes delegações bancárias do país, uma vez que
os levantamentos têm estado limitados a cerca de 100 euros por dia.
No
entanto, foram impostas medidas para prevenir uma corrida aos depósitos e a
saída de capitais de Chipre. Continua a haver um tecto máximo nos levantamentos
(300 euros por dia) e os cheques também não poderão ser levantados. Também não
será permitido levar mais de 3000 euros em viagens para o exterior.
No
que diz respeito a transferências, as novas regras impedem fluxos acima de 5000
euros, a não ser que se garanta uma autorização do banco central de Chipre, o
que poderá ocorrer nos casos em que as empresas dependam destas operações para,
por exemplo, pagar importações.
A
reabertura dos bancos acontece nesta quinta-feira, depois de doze dias de
encerramento forçado, fruto das negociações em redor do plano de resgate do
país. Chipre chegou a acordo com a Comissão Europeia e o Fundo Monetário
Internacional na passada segunda-feira, estando previsto um empréstimo de
10.000 milhões de euros em troca de uma reestruturação profunda do sistema
financeiro, que afectará os dois maiores bancos do país.
O
Laiki, segunda maior instituição financeira cipriota, será desmantelado, depois
de transferidos os seus activos “sãos” e os depósitos inferiores a 100 mil
euros para o Banco de Chipre, que será reestruturado e cuja administração já
foi afastada.
O
plano de resgate prevê cortes para os depositantes acima de 100 mil euros, para
os accionistas e detentores de títulos dos dois bancos. Inicialmente, o
ministro das Finanças de Chipre estimou esse corte em 30%, mas depois reviu em
alta a fasquia para os 40%. Na quinta-feira, surgiram rumores de que o patamar
poderá chegar a 80%.
=Público=
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