Jovem
tunisina é ativista das Femen e está em luta pelos direitos das mulheres
Uma jovem tunisina foi condenada à morte por
lapidação depois de ter publicado numa página do Facebook uma fotografia em que
aparece em topless e onde se lê, em árabe, a frase: «O meu corpo pertence-me e
não representa a honra de ninguém». A ousadia e a respectiva condenação
acenderam, mais uma vez, a polémica em torno dos direitos das mulheres na
religião islâmica.
Amina é militante pelos direitos das mulheres e faz parte do grupo de ativistas Femen. Colocou a imagem online na página do grupo ativista na segunda-feira e na quarta-feira foi condenada. A página de seguidoras no Facebook foi também atacada por um hacker.
O pirata informático, que se identifica como Al Angu, substituiu a imagem de Amina, e de uma outra seguidora, por versículos do Corão. O hacker foi mais longe no protesto pela imagem divulgada e alterou a fotografia do perfil por uma outra em que surge um homem de peito nu a abrir a camisa com a frase «Maomé, o enviado de Alá».
O líder religioso Adel Almi sugeriu que a jovem fosse açoitada e apedrejada. A condenação, que provocou reações contra e a favor e levantou uma onda de polémica, foi emitida através de uma «Fatwa», uma decisão legal islâmica, proferida por eruditos religiosos. Após as declarações, outra jovem tunisina publicou na Internet uma foto em topless, em solidariedade com Amina.
A jovem, segundo a lei islâmica, merece receber entre 80 e 100 chibatadas, mas segundo o líder religioso, os atos praticados são muito graves e por isso Amina deverá ser apedrejada até a morte. «O ato pode levar a uma epidemia. Pode ser contagioso e dar ideias a outras mulheres. É portanto necessário isolar o incidente. Eu desejo que ela seja curada», disse.
O protesto incomum da jovem na Tunísia gerou críticas na própria família. O gesto é visto como uma ofensa ao pudor e ao Islão. Ainda assim, os familiares contestam a sentença de morte. «A nossa filha é vítima de manipulação mental, de lavagem cerebral. Devemos lutar contra este flagelo para salvar as nossas meninas», disse a mãe da jovem, depois de expressar a indignação e vergonha pelo comportamento.
Numa entrevista na televisão argelina, a jovem mostrou admiração pelas ativistas da Femen e pela luta a favor da igualdade de géneros. A tunisina admitiu que não imaginava que a foto pudesse causar tanta polémica.
«Foi só uma maneira de passar uma mensagem. Não foi por motivos sexuais, mas para defender os direitos da mulher», disse. «Se tivesse colocado uma foto minha vestida com uma t-shirt com o mesmo slogan, não teria qualquer impacto. Eu quero é que a mensagem seja lida. O corpo de uma mulher é dela, não do seu pai, do marido ou do irmão», explicou.
Na internet corre já uma petição para que exista um dia de ação internacional por Amina, a 4 de abril. A petição conta já com mais de 15 mil assinaturas e pede ainda que aqueles que a ameaçam sejam julgados.
Amina é militante pelos direitos das mulheres e faz parte do grupo de ativistas Femen. Colocou a imagem online na página do grupo ativista na segunda-feira e na quarta-feira foi condenada. A página de seguidoras no Facebook foi também atacada por um hacker.
O pirata informático, que se identifica como Al Angu, substituiu a imagem de Amina, e de uma outra seguidora, por versículos do Corão. O hacker foi mais longe no protesto pela imagem divulgada e alterou a fotografia do perfil por uma outra em que surge um homem de peito nu a abrir a camisa com a frase «Maomé, o enviado de Alá».
O líder religioso Adel Almi sugeriu que a jovem fosse açoitada e apedrejada. A condenação, que provocou reações contra e a favor e levantou uma onda de polémica, foi emitida através de uma «Fatwa», uma decisão legal islâmica, proferida por eruditos religiosos. Após as declarações, outra jovem tunisina publicou na Internet uma foto em topless, em solidariedade com Amina.
A jovem, segundo a lei islâmica, merece receber entre 80 e 100 chibatadas, mas segundo o líder religioso, os atos praticados são muito graves e por isso Amina deverá ser apedrejada até a morte. «O ato pode levar a uma epidemia. Pode ser contagioso e dar ideias a outras mulheres. É portanto necessário isolar o incidente. Eu desejo que ela seja curada», disse.
O protesto incomum da jovem na Tunísia gerou críticas na própria família. O gesto é visto como uma ofensa ao pudor e ao Islão. Ainda assim, os familiares contestam a sentença de morte. «A nossa filha é vítima de manipulação mental, de lavagem cerebral. Devemos lutar contra este flagelo para salvar as nossas meninas», disse a mãe da jovem, depois de expressar a indignação e vergonha pelo comportamento.
Numa entrevista na televisão argelina, a jovem mostrou admiração pelas ativistas da Femen e pela luta a favor da igualdade de géneros. A tunisina admitiu que não imaginava que a foto pudesse causar tanta polémica.
«Foi só uma maneira de passar uma mensagem. Não foi por motivos sexuais, mas para defender os direitos da mulher», disse. «Se tivesse colocado uma foto minha vestida com uma t-shirt com o mesmo slogan, não teria qualquer impacto. Eu quero é que a mensagem seja lida. O corpo de uma mulher é dela, não do seu pai, do marido ou do irmão», explicou.
Na internet corre já uma petição para que exista um dia de ação internacional por Amina, a 4 de abril. A petição conta já com mais de 15 mil assinaturas e pede ainda que aqueles que a ameaçam sejam julgados.
=TVI24=
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