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sábado, 23 de março de 2013

Taxa sobre depósitos acima dos 100 mil euros em Chipre pode ir até aos 25%


Ministro das Finanças do Chipre, Michalis Sarris, esteve na manhã deste sábado reunido com responsáveis da troika para ultimar o plano a apresentar este domingo em Bruxelas.
O ministro das Finanças, Michalis Sarris, falou em "progressos significativos" nas negociações com a troika

Uma das medidas do “plano B”, que permitirá o apoio da troika através de um empréstimo de 10 mil milhões de euros, poderá passar por uma taxa de 25% sobre os depósitos acima dos 100 mil euros.
Isso mesmo foi confirmado este sábado pelo ministro das Finanças do Chipre, Michalis Sarris, após a primeira reunião que teve esta manhã com representantes da UE, do Banco Central Europeu e do FMI para discutir o resgate financeiro do país. Esta medida, a avançar, irá visar o Banco do Chipre, instituição que ficou de fora da restruturação aprovada pelo Parlamento na noite de sexta-feira.
Além da nova taxa, que não deverá assim penalizar quem tenha contas com menos de 100 mil euros (algo que estava previsto no plano inicial, quando até este valor os depósitos estão garantidos pelos Estados europeus), Sarris e a delegação da troika abordaram os acordos votados na sexta-feira no Parlamento de Nicósia, que são parte do plano para resolver a crise financeira do Chipre.
A taxa sobre os depósitos insere-se nas medidas que o Chipre tem de tomar para angariar cerca de sete mil milhões de euros, e, assim, conseguir garantir o empréstimo da troika e resolver o problema da recapitalização dos seus bancos, falidos. Entre as leis aprovadas na sexta-feira à noite está uma que permite a restrição de movimentos de capitais, com o objectivo de evitar a saída de dinheiro no momento em que os bancos abram na terça-feira. Além da reestruturação do Banco Laiki, foi criado um Fundo Nacional de Solidariedade, ao qual se destinará parte das reservas dos fundos de reformados e do seguro médico dos funcionários públicos.
O fundo estará aberto a doações de cidadãos e de empresas privadas, podendo incluir, posteriormente, a oferta da Igreja Ortodoxa cipriota, que se ofereceu para hipotecar as suas propriedades e assim obter recursos para o Estado.
Michalis Sarris, que voltará a reunir-se com a troika esta tarde, afirmou que se verificaram “progressos significativos” nas conversações, esperando assim que se chegue a um acordo que possa ser aprovado ainda este sábado pelo Parlamento.
Está previsto que, domingo, o presidente do Chipre, Nicos Anastasiades, se reúna em Bruxelas com os líderes europeus e do FMI, incluindo o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, a directora-geral do FMI, Christine Lagarde, e o presidente do BCE, Mario Draghi. No mesmo dia haverá ainda uma reunião dos ministros das Finanças do Eurogrupo. Chipre tem até segunda-feira para arranjar uma solução, uma vez que o BCE já avisou que nesse dia corta a liquidez que tem vindo a fornecer aos bancos cipriotas.
=Público=

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