Os deputados italianos
elegeram, no sábado, um antigo procurador anti-máfia e uma especialista em
direitos humanos, ex-porta-voz de António Guterres nas Nações Unidas, para
presidir às câmaras baixa e alta do novo parlamento.
A deputada da coligação de
centro-esquerda Laura Boldrini foi eleita presidente da Câmara dos Deputados em
Itália (câmara baixa do parlamento) com uma maioria absoluta de 327 votos (a
maioria necessária era de 310 votos).
Boldrini, de 52 anos,
apresentou-se às eleições pelo partido ‘Esquerda, Ecologia e Liberdade’,
liderado por Nichi Vendola, que se associou ao Partido Democrático (PD), de
Pier Luigi Bersani.
A eleição da antiga jornalista e
porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (1998 e
2012), agência da ONU liderada pelo antigo primeiro-ministro português, António
Guterres, foi recebida com uma ovação por quase todos os deputados, à excepção
dos representantes do Povo da Liberdade, de Silvio Berlusconi, precisa a AFP.
Já Pietro Grasso, uma das figuras
mais importantes do país na luta contra a máfia e também membro da coligação de
centro-esquerda, foi eleito presidente do Senado italiano (câmara alta do
parlamento), batendo o candidato de centro-direita, Renato Schiffani.
O antigo procurador, que
concorreu pelo Partido Democrata (PD), principal formação da coligação de
centro-esquerda, conseguiu 137 votos contra 117 de Schiffani.
Nos seus discursos de tomada de
posse, tanto Boldrini como Grasso sublinharam os custos sociais dramáticos da
crise económica italiana.
"Esta câmara vai ter de
ouvir o sofrimento social de toda uma geração", disse Laura Boldrini, a
terceira mulher a presidir à Câmara dos Deputados, depois de Nilde Iotti
(1979-1992) e Irene Pivetti (1994-1996).
"Este país precisa de
respostas rápidas e eficientes para a crise social, económica e política que
atravessa", afirmou, por sua vez, Pietro Grasso.
N.M.
Sem comentários:
Enviar um comentário