Relatório afasta a hipótese de manipulação ou de
montagem dos papéis secretos de Luis Bárcenas, o ex-tesoureiro do Partido
Popular espanhol.
Um relatório pericial conclui que as 14 páginas manuscritas da contabilidade de Luís Bárcenas, o ex-tesoureiro do Partido Popular (PP) espanhol, são "fidedignas".
Um relatório pericial conclui que as 14 páginas manuscritas da contabilidade de Luís Bárcenas, o ex-tesoureiro do Partido Popular (PP) espanhol, são "fidedignas".
Segundo o jornal "El País", a
análise da caligrafia vem confirmar que o autor dos documentos é mesmo Luís
Bárcenas, sendo que os textos correspondem a um período de 18 anos, entre 1990
e 2008, demonstrando alegados pagamentos aos principais dirigentes do partido,
que incluem Mariano Rajoy.
"Os elementos idiossincrásicos dos
textos das catorze fotocópias correspondem tanto a nível qualitativo, como
quantitativo, aos documentos relatados", afirma María del Rosário
Bartolomé, perita em caligrafia.
Os manuscritos contêm as informações das
entradas de donativos de empresas, que na maior parte das vezes ultrapassaram o
limite previsto na Lei de Financiamento dos Partidos Políticos, e a saída de
dinheiro para gastos internos do funcionamento do PP.
O partido de Mariano Rajoy solicitou um
relatório caligráfico independente, depois de alguns dos seus dirigentes
acusarem os documentos de serem uma manipulação de alguém que o tenha escrito
de uma só vez, com vista a assombrar a contabilidade do PP.
Oposição insiste na demissão de Rajoy
O ex-tesoureiro do PP espanhol tinha
negado a autoria dos documentos, sublinhando estar disponível para apresentar
qualquer prova caligráfica. "O caderno não existe. Nem existiu. E não é a
minha letra", garantiu Bárcenas.
Também a secretária-geral do PP, María
Dolores de Cospedal, acusou os documentos de serem falsificados, enquanto o
primeiro-ministro espanhol reiterou inocência.
O líder socialista espanhol, Alfredo Pérez
Rubalcaba, voltou hoje a pedir a demissão de Mariano Rajoy, criticando a
atuação do primeiro-ministro no caso Bárcenas. "Demita-se, pois é o melhor
para Espanha e para os espanhóis. Deixe o cargo, porque não pode resolver a
crise política que tem criado", declarou no Parlamento.
"No caso Bárcenas o primeiro-ministro
não atua, porque não tem autonomia para o fazer", concluiu.
Expresso
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