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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Resignação de Bento XVI acaba com caça ao voto


A surpresa provocada pelo anúncio da resignação do Papa Bento XVI está a relegar para segundo plano a campanha para as eleições legislativas em Itália, no final deste mês. “O anúncio de [Joseph] Ratzinger acabou com a campanha eleitoral”, considera um analista italiano de sondagens ouvido pela AFP.
O timing da resignação do Papa Bento XVI não podia ter sido o pior para os candidatos às eleições legislativas em Itália, de 24 e 25 de Fevereiro. Vários analistas italianos consideram que o anúncio do pontífice ‘abafou’ totalmente a campanha.

O analista de sondagens Luigi Crespi considera mesmo que “o anúncio de [Joseph] Ratzinger, acabou com a campanha eleitoral”.

No mesmo sentido, o editor do jornal La Stampa, Ugo Magri, refere que a “primeira reacção dos políticos italianos após a demissão do Papa foi: ‘Meu Deus, agora vamos desaparecer dos jornais e da televisão’”.

Já o editor do diário Il Fatto Quotidiano, Marco Travaglio, destaca o contraste entre a atitude de Bento XVI e a dos políticos italianos “decrépitos, quer no plano da idade como no político, que teimam em agarrar-se aos seus lugares até à morte”.

Para Marcello Sorgi, editor do La Stampa, os políticos de Itália vivem numa “incrível feira de vaidades” e tornam-se “incapazes de perceberem a dimensão do gesto de Bento XVI”, dada a sua preocupação com a “caça ao voto”.

De salientar que além da resignação do Papa, o conclave para decidir o sucessor de Bento XVI vai decorrer no mesmo momento em que será eleito e anunciado o novo governo de Itália.

N. M.

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