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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

WikiLeaks: Novos documentos vazados mostram ações norte-americanas contra Chavez



Em e-mails, Venezuela é chamada de ‘piada’ e venezuelanos de ‘retardados’.

Paulo Nogueira em seu Diário do Centro do Mundo

Quando você estiver desanimado com o que lê nos jornais e revistas, e estiver a ponto de desistir do jornalismo como algo destinado a tentar mudar para o melhor o mundo, lembre-se de uma palavra: WikiLeaks.

Você vai dar uma segunda oportunidade ao jornalismo, e não sou quem haverá de recomendar a você que nesta nova tentativa insista em ler os jornais e as revistas de sempre.

Agora mesmo, novos documentos vazados pelo WikiLeaks jogam luzes sobre os esforços dos Estados Unidos em desestabilizar, minar e derrubar o governo democraticamente eleito de Hugo Chavez.

Nos documentos, duas empresas de inteligência (e espionagem) aparecem discutindo maneiras de demover Chavez. A principal delas é a norte-americana Stratfor. Seus agentes narram, nos e-mails vazados, encontros com conhecidos oposicionistas venezuelanos, como Henrique Caprilles, o candidato derrotado por Chavez nas eleições de 2012.

A Stratfor – mostram os papéis vazados pelo WikiLeaks – foi buscar consultoria na Canvas, uma empresa de direita sérvia que obteve sucesso na desestabilização de um antigo governo de seu país com estratégias como a manipulação de estudantes para promover passeatas de protesto pré-fabricadas.

É até engraçada a maneira como a Canvas se refere à Venezuela e aos venezuelanos. O país é uma “piada total” e os venezuelanos são “retardados”. Uma mente mais cínica poderia dizer que os autores dos e-mails da Canvas estivessem olhando para si próprios, e não para a Venezuela e seus habitantes.
Desanimado com o jornalismo?

Pense no WikiLeaks e em seu fundador, o bravo Julian Assange.

Mas sim: talvez seja a hora de desistir do noticiário envenenado que a mídia tradicional oferece a você.

M. N. C.

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