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domingo, 24 de fevereiro de 2013

A Revolução Silenciosa


Diego Casagrande (JORNALISTA DE PORTO ALEGRE)

Não espere tanques, fuzis e estado de sítio.
Não espere campos de concentração e emissoras de rádio, tevês e as redações ocupadas pelos agentes da supressão das liberdades.
Não espere tanques nas ruas.
Não espere os oficiais do regime com uniformes verdes e estrelinha vermelha circulando nas cidades.
Não espere nada diferente do que estamos vendo há pelo menos duas décadas.
Não espere porque você não vai encontrar, ao menos por enquanto.
A revolução comunista no Brasil já começou e não tem a face historicamente conhecida. Ela é bem diferente. É hoje silenciosa e sorrateira. Sua meta é o subdesenvolvimento. Sua meta é que não possamos decolar.

Age na degradação dos princípios e do pensar das pessoas. Corrói a valorização do trabalho honesto, da pesquisa e da ordem.
Para seus líderes, sociedade onde é preciso ser ordeiro não é democrática.
Para seus pregadores, país onde há mais deveres do que direitos, não serve.
Tem que ser o contrário para que mais parasitas se nutram do Estado e de suas indenizações.
Essa revolução impede as pessoas de sonharem com uma vida econômica melhor, porque quem cresce na vida, quem começa a ter mais, deixa de ser "humano" e passa a ser um capitalista safado e explorador dos outros.
Ter é incompatível com o ser. Esse é o princípio que estamos presenciando.
Todos têm de acreditar nesses valores deturpados que só impedem a evolução das pessoas e, por consequência, o despertar de um país e de um povo que deveriam estar lá na frente.

Vai ser triste ver o uso político-ideológico que as escolas brasileiras farão das disciplinas de filosofia e sociologia, tornadas obrigatórias no ensino médio a partir do ano que vem.
A decisão é do ministério da Educação, onde não são poucos os adoradores do regime cubano mantidos com dinheiro público. Quando a norma entrar em vigor, será uma farra para aqueles que sonham com uma sociedade cada vez menos livre, mais estatizada e onde o moderno é circular com a camiseta de um idiota totalitário como Che Guevara.
A constatação que faço é simples.

Hoje, mesmo sem essa malfadada determinação governamental - que é óbvio faz parte da revolução silenciosa - as crianças brasileiras já sofrem um bombardeio ideológico diário.
Elas vêm sendo submetidas ao lixo pedagógico do socialismo, do mofo, do atraso, que vê no coletivismo econômico a saída para todos os males. E pouco importa que este modelo não tenha produzido uma única nação onde suas práticas melhoraram a vida da maioria da população. Ao contrário, ele sempre descamba para o genocídio ou a pobreza absoluta para quase todos.

No Brasil, são as escolas os principais agentes do serviço sujo.
São elas as donas da lavagem cerebral da revolução silenciosa.
Há exceções, é claro, que se perdem na bruma dos simpatizantes vermelhos.
Perdi a conta de quantas vezes já denunciei nos espaços que ocupo no rádio, tevê e internet, escolas caras de Porto Alegre recebendo
 "freis betos" e mantendo professores que ensinam às cabecinhas em formação que o bandido não é o que invade e destrói a produção, e sim o invadido, um facínora que "tem" e é "dono" de algo, enquanto outros nada têm.
Como se houvesse relação de causa e efeito.

Recebi de Bagé, interior do Rio Grande do Sul, o livro
 "Geografia", obrigatório na 5ª série do primeiro grau no Colégio Salesiano Nossa Senhora Auxiliadora. Os autores são Antonio Aparecido e Hugo Montenegro.
O Auxiliadora é uma escola tradicional na região, que fica em frente à praça central da cidade e onde muita gente boa se esforça para manter os filhos buscando uma educação de qualidade.
Através desse livro, as crianças aprendem que propriedades grandes são de "alguns" e que assentamentos e pequenas propriedades familiares "são de todos".
Aprendem que "trabalhar livre, sem patrão" é "benefício de toda a comunidade". Aprendem que assentamentos são "uma forma de organização mais solidária... do que nas grandes propriedades rurais".
E também aprendem a ler um enorme texto de... adivinhe quem?
 João Pedro Stédile, o líder do criminoso MST que há pouco tempo sugeriu o assassinato dos produtores rurais brasileiros.
O mesmo líder que incentiva a invasão, destruição e o roubo do que aos outros pertence. Ele relata como funciona o movimento e se embriaga em palavras ao descrever que "meninos e meninas, a nova geração de assentados... formam filas na frente da escola, cantam o hino do Movimento dos Sem-Terra e assistem ao hasteamento da bandeira do MST".

Essa é A revolução silenciosa a que me refiro, que faz um texto lixo dentro de um livro lixo parar na mesa de crianças, cujas consciências em formação deveriam ser respeitadas.
Nada mais totalitário. Nada mais antidemocrático. Serviria direitinho em uma escola de inspiração nazifascista.
Tristes são as consequências.
Um grupo de pais está indignado com a escola, mas não consegue se organizar minimamente para protestar e tirar essa porcaria travestida de livro didático do currículo do colégio.
Alguns até reclamam, mas muitos que se tocaram da podridão travestida de ensino têm vergonha de serem vistos como diferentes. Eles não são minoria, eles não estão errados, mas sentem-se assim.

A revolução silenciosa avança e o guarda de quarteirão é o medo do que possam pensar deles.
O antídoto para A revolução silenciosa?
 'Botar a boca no trombone', alertar, denunciar, fazer pensar, incomodar os agentes da "Stazi" silenciosa.

Não há silêncio que resista ao barulho!
Diego Casagrande é jornalista em Porto Alegre/RS
 
"SO PARA ACRESCENTAR A BLOGUEIRA CUBANA YONI ESTA SENDO HUMILHADA, ACHINCALHADA, BANIDA DO NOSSO PAIS POR MEIA DUZIA DE BANDIDOS A MANDO DOS PETRALHAS E ATE A PODEROSA GLOBO, SEQUER INFORMA QUALQUER COISA A RESPEITO E SE O FAZ, E DE FORMA BEM DISCRETA, OU SEJA, COMO SE ELA FOSSE O PROBLEMA, PERGUNTAMOS E AI VAMOS CONTINUAR CALADOS?"
 
 PS:
O radicalismo fascista de Diego Casagrande já é tão antigo que lhe criou bolores no cérebro.  Ele nos traz um pensamento tão antigo quanto aquele de um certo superintendente da Polícia Federal do Ceará (cujo nome já esqueci; lembro apenas que, lá pelo ano de 1975, morreu ele em acidente de carro na saída de Fortaleza). 

Para ele, tudo o que não se coadunasse com as ideias da época  -  estávamos no ano de 1973  -  seria armação dos comunistas para degradar a moral cristã e abrir caminho para a entrada do comunismo no Brasil.  
Em palestra dada aos alunos de curso de treinamento, no BNB, do qual este redator participava, sapecou esta paródia da moral e dos bons costumes,  depois de afirmar que até o homossexualismo era incentivado pelos comunistas para solapar as regras da decência cristã.  Disse ele  que trafegava pela avenida Duque de Caxias (em Fortaleza).  à frente transitava um  carro em cujo vidro traseiro havia um adesivo contendo estes dizeres:  "O PLUTO É FILHO DA PLUTA".  Então ele não se conteve, fez a ultrapassagem, e parou logo adiante, forçando o outro veículo a também brecar.  Ao verificar que  na direção do auto estava uma senhora de aspecto respeitável, apresentando sinais de estar amedrontada, disse-lhe para não se preocupar, ao mesmo tempo em que se identificava;  e começou dizendo:  "esse dizeres no vidro traseiro do seu carro..." Ao que ela o interrompeu, afirmando: "isso é coisa do meu filho adolescente..." E ele:  "eu já desconfiava de coisa desse tipo.  Mas a senhora não se preocupe.  Apenas, eu aconselho que a senhora retire tal adesivo, e explique a seu filho que expressões como essa são idealizadas pelo regime comunista, para desmoralizar a moral cristã ocidental e facilitar a penetração da sua ideologia entre nós..."  
Finalizou a estorieta, afirmando que a senhora agradeceu-lhe muito pelo esclarecimento e orientação recebidos.
Como se pode deduzir, os radicais de direita se expressam, atuam e giram em torno de ideias curtas e tacanhas, sempre imputando, aos que lhes fazem frente, os próprios conceitos delirantes, costumeiramente ancorados e confiados na força bruta que lhes confere o grande capital.  
É assim que atua o jornalismo abrigado no PiG.

M. N. C.

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