'Habemus Papam'. O novo Papa é o cardeal, de
origem jesuíta, Jorge Bergoglio, de 76 anos, arcebispo de Buenos Aires, capital
da Argentina, e escolheu ser tratado por Francisco. A chaminé da Capela Sistina
deitou fumo branco pelas 18h06, o que significava, pois, que o Papa havia sido
escolhido. A decisão surgiu no segundo dia de conclave, na quinta votação dos
cardeais eleitores, a quarta do dia e a segunda da tarde desta quarta-feira.
As luzes da sala que ilumina a varanda da Basílica de São Pedro
acenderam às 19h06, precisamente uma hora depois de se ter sabido que o novo
Papa havia sido eleito, mas o cardeal argentino Jorge Bergoglio, a partir de
agora denominado por Francisco, só apareceu às 19h22, tendo sido recebido em
apoteose pela massa humana que se encontra na Praça de São Pedro, no Vaticano.
Francisco
I, de 76 anos, agradeceu o acolhimento caloroso dos fiéis e propôs uma oração
pelo seu antecessor, Bento XVI, agradecendo o trabalho que desempenhou.
Trata-se do primeiro Papa latino-americano, bem como do primeiro Papa de origem
jesuíta da história.
Curiosamente,
aquele que é agora o 266.º Papa da Igreja Católica, foi o segundo cardeal mais
votado em Abril de 2005, no conclave que elegeu Bento XVI como Papa, tendo, à
data conseguido reunir 40 votos.
O
anúncio do nome do sumo pontífice, de origem sul-americana, terá surpreendido
muitos, uma vez que ‘não entrou Papa dentro do conclave', ou seja, que não era
um dos cardeais apontados enquanto provável novo líder da Igreja Católica, além
de, ao mesmo tempo, não ser dos mais novos do colégio cardinalício.
Refira-se
que o fumo branco, que funciona como uma espécie de senha para certificar que o
Papa foi escolhido, saiu da chaminé da Capela Sistina, no Vaticano, pelas
18h06, hora de Lisboa.
Viveram-se
curtos instantes de incerteza, tendo em conta que, num primeiro momento a cor
do fumo parecia dúbia, mas depressa se percebeu que, de facto, era branco. Logo
de seguida, os sinos da basílica de São Pedro tocaram a repique, assinalando a
eleição do novo chefe da Igreja Católica. Também os sinos do Santuário de
Fátima, em Portugal, se fizeram ouvir, simbolizando a escolha.
Na
praça de São Pedro entoou-se 'Habemus Papam' e milhares de fiéis aguardaram
pelo momento em que o novo sumo pontífice aparecesse na varanda e se desse a
conhecer ao Mundo, o que sucedeu pelas 19h22.
Antes,
coube ao cardeal francês Jean-Louis Tauran, presidente do Conselho Pontifício
para o Diálogo Inter-Religioso, anunciar o nome do Papa eleito.
O
sucessor de Bento XVI é um dos 115 cardeais eleitores que estiveram reunidos
desde a tarde de ontem para decidir o nome do futuro líder da Igreja Católica.
Este
foi um dos conclaves mais céleres de que há memória, com o novo Papa a ser
eleito ao segundo dia e depois de apenas cinco votações, sendo que para o
efeito teve de estar reunida uma maioria de dois terços dos votos para que se
pudesse consubstanciar a escolha.
Uma vez escolhido, o eleito respondeu a duas questões do decano
dos cardeais: "Aceita a eleição canónica como soberano pontífice? Qual o
nome escolhido?". Se responder "sim" à primeira questão, o
eleito torna-se imediatamente Papa e Bispo de Roma, elucida a agência Lusa.
Após
a designação do novo Papa, esteve a cargo do cardeal camarlengo, Tarcisio
Bertone, colocar o anel papal, intitulado anel do pescador, no seu dedo. Estes
foram os dois últimos actos formais do conclave.
O
novo Papa entrou depois numa sala adjacente à Capela Sistina, denominada ‘Sala
das lágrimas’, uma vez que vários Papas aí deram largas à emoção perante a
tarefa que lhes era confiada, e envergará uma das três sotainas brancas, de
diferentes tamanhos, preparadas pelo alfaiate escolhido pelo Vaticano.
Um
a um, os cardeais prestaram, em seguida, homenagem ao novo Papa, antes do
anúncio aos fiéis.
O
sumo pontífice proferiu depois a bênção apostólica ‘Urbi et Orbi’ (à cidade e
ao Mundo), a partir da varanda da Basílica de São Pedro.
N.
M.
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