Milhares de pessoas encheram, na quarta-feira, as
ruas de Caracas para acompanhar o caixão de Hugo Chávez até à Academia Militar
onde ficará em câmara ardente até ao funeral que se realiza amanhã. O local
onde vai ser sepultado o Presidente da Venezuela ainda não foi anunciado, no
entanto, os venezuelanos querem ver Chávez ao lado do seu maior ídolo: Símon
Bolivar que se encontra sepultado no Panteão Nacional.
Milhares de pessoas fizeram questão de acompanhar, na terça-feira,
o caixão de Hugo Chávez, que deixou o Hospital Militar para ser levado para a
Academia Militar onde o corpo do Presidente venezuelano vai ficar em câmara
ardente até amanhã, dia em que se realiza o funeral. Bandeiras e roupa
vermelha, cartazes de apoio e fotografias do ‘El Comandante’ coloriram as ruas,
em especial os cerca de seis quilómetros que separam o Hospital da Academia.
Lágrimas,
gritos e angústia foram as emoções predominantes. Os apoiantes de Chávez – que
morreu na terça-feira vítima de um cancro na zona pélvica – estão inconformados
com o desaparecimento do seu líder.
“Chávez vive, a luta continua” foram as
palavras de ordem entoadas ontem durante o cortejo que demorou cerca de sete
horas. Os venezuelanos querem que ‘El Comandante’ seja sepultado ao lado do seu
herói Simon Bolívar, o ‘libertador das Américas’, no Panteão Nacional, escreve
o The Guardian.
No entanto e apesar dos apelos da população, que se têm
multiplicado nas redes sociais, o ministro da Comunicação, Erneto Villegas, já
explicou que será a família a escolher o local onde Chávez será sepultado.
Hugo Chávez morreu na terça-feira aos 58 anos
depois de ter sido submetido, em Dezembro, a uma quarta cirurgia para combater
o cancro na zona pélvica descoberto em 2011. O governo já decretou sete dias de
luto nacional e a despedida do homem que liderou a Venezuela durante 14 anos
começou ontem com uma salva de 21 canhões em todos os destacamentos militares
venezuelanos. O funeral realizar-se-á amanhã.
N. M.
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