O general David Petraeus é agora acusado de formar
centros de detenção para sunitas, onde estes eram torturados por esquadrões da
morte xiitas, o que acelerou a guerra civil no Iraque.
David Petraeus ao lado de Barack Obama, na altura
apenas candidato presidencial, numa foto de arquivo recolhida em 2008 nos céus
de Bagdade, onde o general norte-americano respondia pela formação do futuro
exército iraquiano
SSG Lorie
Jewell/US Army/Reuters
O general David Petraeus, que há seis meses se demitiu de chefe da CIA por causa de um escândalo sexual, é agora denunciado, numa investigação do jornal britânico "The Guardian", de ser o responsável máximo por atos de tortura no Iraque contra a minoria sunita rebelde em 2004.
Os centros de detenção no
Iraque para rebeldes sunitas, minoria religiosa de que era oriundo Saddam
Hussein, foram ajudados a formar por um enviado do Pentágono para o Iraque em
2004, o coronel James Steel, antigo veterano da guerra suja na América Central.
Steel foi nomeado durante a
presidência de George W. Bush pelo próprio secretário da Defesa Donald
Rumsfeld, mas respondia diretamente a David Petraeus, responsável em Bagdade
pela formação do futuro exército iraquiano. James H Coffman, coronel
norte-americano, é outro veterano envolvido, que dependia de Petraeus.
Os centros de detenção foram
formados por esquadrões da morte xiitas, recrutados nas Brigadas Badr,
tendo acelerado, segundo a investigação do "The Guardian", a guerra
civil entre sunitas e xiitas que fez até hoje milhares de mortos no Iraque.
Em novembro, David Petraeus
foi obrigado a demitir-se da CIA por causa de uma relação extraconjugal
perigosa com Paula Broadwell. Esta terá tentado aceder ao correio eletrónico de
Petraeus para obter informações secretas, tendo sido desmascarada pelo FBI.
=Expresso=
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