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quinta-feira, 7 de março de 2013

Hugo Chavez: Morte produzida em laboratório


Hugo Chavez foi eliminado, como Arafat, Jango, Torrijos, Roldós e outros líderes inconvenientes para os EUA.
Não tenho a menor dúvida: tanto como Yasser Arafat, em 2004, Hugo Rafael Chavez Frias foi eliminado com o uso do que há de mais moderno e sofisticado da tecnologia criminosa desenvolvida na CIA e nas dezenas de agências satélites privadas que prestam serviço ao governo norte-americano.

Digo isso com a responsabilidade de quem tem 52 anos como repórter e estou convencido de que não será difícil a mesma conclusão para a comissão de cientistas que o governo da Venezuela deverá criar, conforme anúncio do vice-presidente Nicolas Maduro.

O corajoso (e descuidado) presidente bolivariano, de 58 anos, não foi o único líder latino-americano morto pela máquina mortífera norte-americana nos últimos anos: em dezembro de 1976, o ex-presidente brasileiro João Goulart foi assassinado na Argentina com a troca dos remédios que tomava para o coração.

Omar Torrijos, presidente do Panamá e militar como Chavez, foi assassinado num acidente aéreo forjado em 1981, conforme relato detalhado do ex-agente da CIA John Perkins, no seu livro Confissões de um assassino econômico.

Como Torrijos, a CIA usou o “acidente aéreo” para matar também o ex-presidente do Equador, Jaime Roldós Aguilera, no mesmo ano de 1981, por ter entrado em confronto com as petrolíferas norte-americanas. Essa constatação é confirmada por John Perkins no mesmo livro.

Como Arafat, vítima de uma substância radioativa

O assassinato de Arafat foi abafado e contou com a ajuda da tradição muçulmana, que não procede a autópsia de seus mortos. Mas a disposição de sua viúva Suha e uma criteriosa investigação da TV Al-Jazeera levaram à descoberta do assassinato e a um pedido formal da Autoridade Nacional Palestina para que um comitê patrocinado pela ONU proceda o desdobramento da investigação feita por médicos suíços, que já levou à exumação do corpo do líder palestino.

Após nove meses, um trabalho meticuloso dos especialistas suíços e exame de roupas e objetos que Arafat usou nos dias que antecederam sua morte – roupa, escova de dente e até seu icônico kefiyeh que não tirava da cabeça – revelaram uma quantidade anormal de polonium, um elemento radioativo raro ao qual poucos países têm acesso. Apenas os do restrito clube atômico.

As suspeitas na morte de Chavez

Horas antes de anunciar oficialmente a morte do presidente Hugo Chavez, o vice Nicolas Maduro falou pela primeira vez, em caráter oficial, das suspeitas de que o câncer que levou o líder à morte tenha sido inoculado. Há estudos bem adiantados sobre a possibilidade de que isso possa acontecer.

“Já temos bastantes pistas sobre este tema, mas é um tema muito sério do ponto de vista histórico, que terá que ser investigado por uma comissão especial de cientistas”, acrescentou.

Chavez perguntou em dezembro de 2011 se é possível “que o câncer possa ser uma doença induzida, produzida”, e recomendou então aos presidentes Evo Morales, da Bolívia; Daniel Ortega, da Nicarágua; e Rafael Correa, do Equador, que se cuidassem.

Ninguém pode duvidar do poder mortífero dos laboratórios da CIA, próprios ou terceirizados. Durante anos, seus agentes tentaram matar Fidel Castro por todos os meios – isso em pelo menos 400 situações.

Genocídio bacteriológico

Não conformada, a CIA praticou um dos maiores genocídios bacteriológicos contra o povo cubano em 1881, quando importou da Ásia o vírus da dengue hemorrágica e disseminou sobre a ilha, conforme denúncias comprovadas por vários cientistas e jornalistas, todas reunidas no livro Bioterror – Manufacturing wars the american way, escrito por Ellen Ray e Willam H. Schaap e publicado em 2003.

Na primavera e no verão de 1981, Cuba sofreu uma grave epidemia de dengue hemorrágica. Entre maio e outubro de 1981, a Ilha sofreu 158 mortes relacionadas à dengue, com 75 mil casos de infecção relatados. No auge da epidemia, mais de 10 mil pessoas foram infectadas por dia e 116.150 foram hospitalizadas. Ao mesmo tempo, durante os surtos, em 1981, suspeitou-se que a CIA ou seus contratantes realizaram ataques na ilha caribenha de forma encoberta, como parte de uma guerra biológica contra os seus moradores. Estes ataques ocorreram durante sobrevoos de aviões militares.

Particularmente prejudicial para a nação foi uma grave epidemia de gripe suína pela que Fidel Castro culpou à CIA. O pesquisador americano William H. Schaap pesquisou e confirmou em livro que o surto de dengue em Cuba foi o resultado das atividades da CIA.

Para EUA, outro Chavez nunca mais

Os EUA nunca aceitaram Chavez como presidente de um país com a maior reserva de petróleo do mundo. Ao contrário de Cuba onde, desde a fracassada invasão de 1961, a população participa de um sistema de vigilância multiplicado, a Venezuela jamais adotou medidas preventivas efetivas contra ataques sofisticados à base de ferramentas tecnológicas.

Chavez mesmo sempre foi muito “populista” nessa área. Assim como podia cantar num show improvisado, tinha uma tendência a bebericar qualquer coisa ou até mesmo beliscar um salgado em suas visitas a bairros da periferia.

Não seria difícil valer-se desse estilo censurado por mais de uma vez por Fidel Castro para introduzir-lhe o vírus de uma doença fatal. No final de dezembro de 2011, o próprio Chavez comentou: “Fidel sempre me disse: Chavez, tome cuidado, esta gente desenvolveu tecnologias, cuidado com o que come, cuidado com uma pequena agulha e te injetam não sei o quê”, relatou ao lembrar uma conversa com o cubano.

Ainda na semana passada, o líder da oposição venezuelana Henrique Capriles, governador do Estado de Miranda, fez uma inesperada visita aos Estados Unidos, enquanto dois adidos militares norte-americanos em Caracas, Deblin Costal e David Delmonico, eram expulsos por tentarem realizar reuniões com seus colegas venezuelanos para discutir o país pós-Chavez.

P. P. 


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