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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Quem são os novos inimigos da América?



Doze anos após os atentados do 11 de Setembro, os Estados Unidos vêm o maior inimigo do país… na Ásia.

A morte (?) de Bin Laden coloca um grave problema à América: ei-la, subitamente confrontada a uma penúria de inimigos!

«Como, nestas condições, o Pentâgono pode justificar um orçamento anual de 700 biliões de dólares?», pergunta-se um humorista.

Estejamos tranquilos, mesmo se é verdade que ninguém substituiu Bin Laden como inimigo público nº um, os Estados Unidos estão longe de ter apenas amigos.

Segundo uma sondagem de fevereiro, 25% dos americanos consideram o Irão como o maior inimigo do país, o que não admira.

Desde há dez anos, o regime do Irão está à cabeça dos «maus». O que é novo, é que em segundo lugar apareçam a Coreia do Norte e a China, ex-aequo, com 15%

«As percepções americanas sobre quem é o maior inimigo, dependem dos acontecimentos internacionais», e têm tendência a flutuar. O Iraque está recuado demais depois da retirada das tropas americanas, substituído pelo Afeganistão, e só 3% citam a Rússia entre os perigos potenciais.

A apreciação varia também segundo a idade dos sondados. Entre os 18 e os 30 anos, colocam a Coreia do Norte à cabeça dos inimigos (22%), seguida em igualdade do Irão e do Afeganistão (14%), enquanto que os acima dos 50 anos vêm o Irão como uma ameaça (36%), antes da China (16%), seguida da Coreia do Norte (10%).

A China, contrariamente aos outros países, é vista sobretudo como uma ameaça económica. É o maior credor da América e, aquando do debate sobre o levantamento do plafond da dívida este verão, Pequim não mastigou as suas palavras para criticar o bloqueio no Congresso.

É também considerada como um rival de respeito. Tornou-se o número um no sector das energias renováveis, atrais milhares de empresas que se relocalizam, investe a força braçal no controlo dos recursos naturais, particularmente em África…

Sem falar das suas pretensões militares e do seu papel na cyberpiratagem.

Numa outra sondagem, 52% dos americanos consideram mesmo que a China se tornou a maior potência económica do mundo, contra 32% os Estados Unidos. Em 2009, os dois países estavam em igualdade, o que traduz o medo do declínio americano.

Estranhamente, Hugo Chavez não aparece na lista. É, portanto, a “besta negra” da administração americana, que vê no seu anti-imperialismo, no seu anti-americanismo, a sua ligação a Cuba ou Kadhafi e sobretudo a compra de armas, uma séria ameaça, no entender de alguns.

O outro risco maior é a situação no México. Toda a região da fronteira com os Estados Unidos se tornou num «no man’s land» muito violento, mantido pelos traficantes de toda a ordem, particularmente a droga. E o governo mexicano parece impotente para restaurar a ordem.

Quanto aos ultra-conservadores, que sempre consideraram o governo federal como «O Diabo», agindo ao contrário dos democratas afobados pelas posições extremistas da direita religiosa.

A menos que o inimigo seja o desemprego, uma terrível calamidade num país sem rede social…


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