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sábado, 13 de abril de 2013

Casal Obama ganhou quatro vezes mais do que Putin

O casal Obama declarou rendimentos de 600 mil dólares em 2012 (cerca de 457 mil euros à taxa de câmbio actual), quatro vezes mais do que o Presidente russo, Vladimir Putin, que declarou rendimentos brutos anuais de 140 mil euros.
O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a sua mulher, Michelle, declararam rendimentos brutos de mais de 450 mil euros no ano transacto, taxados a 18,4%, de acordo com os dados avançados na sexta-feira pela Casa Branca, que sublinhou, no entanto, que o chefe de Estado norte-americano pediu para que lhe fosse aplicada uma taxa mais elevada.

Obama apoia a 'taxa Buffett', uma ideia do milionário norte-americano Warren Buffett que, depois de se ter declarado chocado por pagar menos impostos do que a sua secretária, sugeriu a criação de uma taxa de IRS mínima de 30% para quem tenha rendimentos anuais de pelo menos um milhão de dólares.

Apesar de a proposta ter sido rejeitada pelo Congresso norte-americano, chumbada pelos republicanos, Obama, que a defende, pediu para que os seus impostos fossem cobrados nesses termos.

A informação avançada pela Casa Branca especificava ainda que os 608.611 dólares (464.157,18 euros) declarados pelo casal Obama, 400 mil dólares (305 mil euros, aproximadamente) correspondem ao salário de Obama.

O Presidente norte-americano e a sua mulher declararam ainda ter pago 30 mil dólares (cerca de 22 mil euros) em impostos estaduais relativos à sua casa de Chicago, e ter doado para obras de caridade 150 mil dólares (cerca de 115 mil euros).

Ainda assim, os seus rendimentos baixaram 200 mil dólares (aproximadamente, 152 mil euros) em relação ao ano fiscal de 2011, uma diferença que se deve ao pagamento de direitos de autor por venda de livros.

Já o Presidente russo, Vladimir Putin, declarou em 2012 rendimentos de 5,7 milhões de rublos (140 mil euros, aproximadamente), mais de quatro vezes menos do que Barack Obama e a sua mulher.

Os 5,7 milhões de rublos de Putin ficam muito próximos, mas ainda assim abaixo, dos 5,8 milhões de rublos (142 mil euros, aproximadamente) declarados pelo primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, e ambos muito longe dos 448,4 milhões de rublos (11,1 milhões de euros) declarados pelo adjunto principal do primeiro-ministro, Igor Shuvalov.

Os rendimentos de Shuvalov, em declaração conjunta com a sua mulher, devem-se em 50% aos ganhos dela, de acordo com as informações publicadas na página na Internet do Kremlin.

Shuvalov, um dos homens mais ricos da Rússia, e considerado o homem forte do Governo para a economia, está na origem das declarações de rendimentos obrigatórias para titulares de cargos políticos no país, em vigor desde o ano passado, quando o próprio Shuvalov, depois de ter sido conhecida a sua declaração de rendimentos, ter sido forçado a explicar que a origem dos seus avultados ganhos não representava qualquer conflito de interesses nem infringia a lei.

NA sexta-feira, um porta-voz do vice-primeiro ministro russo disse que Shuvalov estava a transferir os seus bens de volta para a Rússia, aplicados em contas e fundos no estrangeiro, uma decisão em linha com legislação que o Governo russo quer implementar no sentido de proibir que os detentores de cargos públicos tenham bens no exterior.

N. M.

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