O casal Obama
declarou rendimentos de 600 mil dólares em 2012 (cerca de 457 mil euros à taxa
de câmbio actual), quatro vezes mais do que o Presidente russo, Vladimir Putin,
que declarou rendimentos brutos anuais de 140 mil euros.
O Presidente dos Estados Unidos,
Barack Obama, e a sua mulher, Michelle, declararam rendimentos brutos de mais
de 450 mil euros no ano transacto, taxados a 18,4%, de acordo com os dados
avançados na sexta-feira pela Casa Branca, que sublinhou, no entanto, que o
chefe de Estado norte-americano pediu para que lhe fosse aplicada uma taxa mais
elevada.
Obama
apoia a 'taxa Buffett', uma ideia do milionário norte-americano Warren Buffett
que, depois de se ter declarado chocado por pagar menos impostos do que a sua
secretária, sugeriu a criação de uma taxa de IRS mínima de 30% para quem tenha
rendimentos anuais de pelo menos um milhão de dólares.
Apesar
de a proposta ter sido rejeitada pelo Congresso norte-americano, chumbada pelos
republicanos, Obama, que a defende, pediu para que os seus impostos fossem
cobrados nesses termos.
A
informação avançada pela Casa Branca especificava ainda que os 608.611 dólares
(464.157,18 euros) declarados pelo casal Obama, 400 mil dólares (305 mil euros,
aproximadamente) correspondem ao salário de Obama.
O
Presidente norte-americano e a sua mulher declararam ainda ter pago 30 mil
dólares (cerca de 22 mil euros) em impostos estaduais relativos à sua casa de
Chicago, e ter doado para obras de caridade 150 mil dólares (cerca de 115 mil
euros).
Ainda
assim, os seus rendimentos baixaram 200 mil dólares (aproximadamente, 152 mil
euros) em relação ao ano fiscal de 2011, uma diferença que se deve ao pagamento
de direitos de autor por venda de livros.
Já
o Presidente russo, Vladimir Putin, declarou em 2012 rendimentos de 5,7 milhões
de rublos (140 mil euros, aproximadamente), mais de quatro vezes menos do que
Barack Obama e a sua mulher.
Os
5,7 milhões de rublos de Putin ficam muito próximos, mas ainda assim abaixo,
dos 5,8 milhões de rublos (142 mil euros, aproximadamente) declarados pelo
primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, e ambos muito longe dos 448,4 milhões
de rublos (11,1 milhões de euros) declarados pelo adjunto principal do
primeiro-ministro, Igor Shuvalov.
Os
rendimentos de Shuvalov, em declaração conjunta com a sua mulher, devem-se em
50% aos ganhos dela, de acordo com as informações publicadas na página na
Internet do Kremlin.
Shuvalov, um dos homens mais
ricos da Rússia, e considerado o homem forte do Governo para a economia, está
na origem das declarações de rendimentos obrigatórias para titulares de cargos
políticos no país, em vigor desde o ano passado, quando o próprio Shuvalov,
depois de ter sido conhecida a sua declaração de rendimentos, ter sido forçado
a explicar que a origem dos seus avultados ganhos não representava qualquer
conflito de interesses nem infringia a lei.
NA
sexta-feira, um porta-voz do vice-primeiro ministro russo disse que Shuvalov
estava a transferir os seus bens de volta para a Rússia, aplicados em contas e
fundos no estrangeiro, uma decisão em linha com legislação que o Governo russo
quer implementar no sentido de proibir que os detentores de cargos públicos
tenham bens no exterior.
N. M.
Sem comentários:
Enviar um comentário