Daniel Cohn-Bendit fala de tal forma por
desejar justiça, ou, pelo contrário, falará como opositor de Frau Merkel?
Será que algum político conseguirá, algum
dia, manter-se dentro dos parâmetros da honestidade pessoal?
Como deputado europeu alemão, de modo algum se compreende o seu desejo, ao interpelar os responsáveis alemães tal como o fez, pois, de forma alguma, aquele desejo de justiça que o impele, segundo ele mesmo.
Aliás, se o fosse, não teria sido expulso de
França, após o famoso Maio de 1968, uma vez que, como estrangeiro, deveria
limitar-se a estudar e deixar as manifestações, as reivindicações e exigências
político-partidárias para os nacionais.
Se fosse o espírito de justiça e o pretender que se cumprisse, certamente que o apoiaria. Mas, conhecendo-o e sabendo que se trata de um “chicaneiro oportunista e quase profissional”, que demonstrou bem qual o seu carácter e personalidade, jamais poderei estar de acordo com ele, pois considero que a campanha eleitoral se deve fazer no país perante os concidadãos.
Também não apoio Frau Merkel, como não apoio
o senhor Pedro, mas jamais me permitiria ir, por exemplo a Espanha ou a França,
ou até a Bruxelas, afirmar que o senhor Pedro deveria demitir-se ou ser
demitido, pois esses assuntos têm de ser tratados no próprio país perante a
cidadania, nunca no estrangeiro, demonstrando que se trata de um «lavador de
roupa suja».
Se a Alemanha tem uma dívida para com a
Grécia desde a Segunda Guerra Mundial, porquê só agora trazê-la a lume, quando
se aproximam as eleições gerais na Alemanha, aliás seu país? Porque não reserva
a sua campanha para os alemães?
É apenas devido à falta de honestidade dos
políticos que o mundo, essencialmente a Europa, se encontra em verdadeira
falência, sobretudo de valores.
L.A.V.
PS: Tudo isto apesar de não
concordar com o que se está a tentar fazer aos países que estão em grandes
dificuldades económicas e financeiras, logo, também sociais e de sempre ter
militado no quadrante esquerdo da política.
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