Abalo
sentido em toda a região do Golfo Pérsico. Responsável governamental admite que
sismo poderá ter feito "centenas de mortos".
Escritórios
no Dubai, Emirados Árabes Unidos, foram evacuados por segurança
Um sismo de
magnitude 7,8 na escala de Richter abalou nesta terça-feira o Irão. Com
epicentro próximo da fronteira com o Paquistão, o terramoto foi sentido em toda
a região do Golfo Pérsico e também em Nova Deli, na Índia. As primeiras
informações dão conta de pelo menos 40 mortos.
Um responsável governamental, que
falou sob condição de anonimato, disse à Reuters que se teme que o abalo,
"o maior no Irão em 40 anos", possa ter feito "centenas de
mortos". A televisão estatal disse ter notícia de pelo menos 40 vítimas
mortais, mas esta é apenas uma informação preliminar. No lado paquistanês da
fronteira, três mulheres e duas crianças morreram no desabamento da casa onde
se encontravam.
Um despacho da agência Fars refere
que não há notícias de grandes estragos na cidade de Saravan, próxima do local
do epicentro, mas a televisão nacional refere que não há comunicações nem
electricidade em grande parte da província do Baluchistão iraniano (Sul).
A Press TV iraniana adiantou que
equipas dos serviços de emergência e do Crescente Vermelho partiram de
imediato para a zona do epicentro, uma região remota situada entre as cidades
de Khash e Saravan para avaliar os estragos e prestar o primeiro apoio às
populações afectadas.
Num sinal da forte intensidade do
abalo, a imprensa indiana noticiou que os edifícios mais altos de Nova Deli, a
milhares de quilómetros de distância, abanaram com o sismo. As agências
internacionais adiantam que o abalo foi sentido com grande intensidade nos
países do Golfo Pérsico, em particular nas zonas costeiras, havendo descrições
de pessoas a fugir em pânico de arranha-céus.
Na semana passada, um outro sismo,
com magnitude 6,3 na escala de Richter, matou 37 pessoas e feriu mais de 800 no
sudoeste do Irão. O terramoto aconteceu na região onde está localizada a única
central nuclear iraniana, mas Teerão garantiu que as instalações não
sofreram danos. Nesta terça-feira, o consórcio russo responsável pela
construção de Busher adiantou que não há registo de danos após este
segundo sismo.
Situado sobre uma importante falha
geológica, o Irão é palco frequente de abalos sísmicos de forte e média
intensidade. Em 2003, um terramoto de magnitude 6,6 arrasou a histórica cidade
de Bam, no sudeste do país, matando cerca de 25 mil pessoas.
=Público=
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