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terça-feira, 16 de abril de 2013

FBI investiga ligações terroristas ao atentado em Boston

Barack Obama prometeu encontrar e punir os responsáveis. Casa Branca fala em acto de terrorismo, sem adiantar mais enquanto não apurar se o ataque veio do exterior ou se é "doméstico".
Boylston Street ficou com escombros espalhados na zona de impacto

Depois de socorrer as vítimas, a polícia norte-americana procura agora os responsáveis pelas duas explosões junto à linha da meta da maratona de Boston, que na segunda-feira provocaram três mortos e pelo menos 144 feridos . O FBI admite estar à procura de ligações terroristas.
“É uma investigação criminal que é uma investigação a um potencial acto terrorista”, afirmou Richard DesLauriers, agente especial do FBI, a polícia federal norte-americana, citado pela Reuters.
As explosões, que ocorreram quase em simultâneo às 14h50 locais (20h em Lisboa), foram provocadas por “engenhos poderosos”, segundo a polícia. As explosões estão a ser consideradas o pior ataque à bomba em solo americano desde os sucedidos com aviões a 11 de Setembro de 2001.
Uma fonte oficial da Casa Branca citada pela Reuters disse também que o caso será tratado como um “acto de terrorismo” mas sublinhou que é preciso apurar se o ataque veio do exterior ou se foi “doméstico”.
O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu na segunda-feira que a polícia vai encontrar e punir os responsáveis.
Segundo a Associated Press, mais de 1000 agentes antiterrorismo foram mobilizados para apoiar a investigação, além de milhares de outros agentes patrulha. O nível de alerta em Nova Iorque foi reforçado e locais muito movimentados como Times Square, o Rockefeller Center e a Catedral de St. Patrick na região central de Manhattan, o edifício das Nações Unidas e o World Trade Center, estão a ser especialmente vigiados.
Do outro lado do Atlântico também soou o alarme. Em Londres, onde se vai realizar no domingo uma maratona – a segunda mais importante do mundo a seguir à de Nova Iorque – a polícia está em alerta e o dispositivo foi reforçado após o ataque de Boston.
Em Paris, o ministro do Interior, Manuel Valls, anunciou em comunicado que ordenou às forças de segurança um “reforço da presença de patrulhas” e apelou aos cidadãos que estejam vigilantes e denunciem qualquer acto suspeito, ou sacos abandonados em locais públicos, mas “sem ceder ao pânico”, escreve o jornal francês Le Monde.

A partir de Moscovo, o Presidente russo, Vladimir Putin, condenou o que classificou como "um crime bárbaro". Manifestou ainda disponibilidade para apoiar as investigações dos EUA.
Em Boston, nesta terça-feira, alguns feridos nas explosões continuam a lutar pela vida. Muitos foram amputados, sobretudo nas pernas. “Vemos muitos ferimentos causados por estilhaços”, descreveu Peter Fagenholz, cirurgião de traumas no Hospital Geral de Massachusetts, aos jornalistas, na segunda-feira. “Alguns doentes vão ter de repetir as operações amanhã [terça-feira] e nos próximos dias”, acrescentou.
Entre os três mortos está um menino de oito anos. Segundo aquele cirurgião, os casos mais graves – nove deles são crianças – chegaram ao hospital nos 15 minutos após as explosões.
=Público=

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