Barack
Obama prometeu encontrar e punir os responsáveis. Casa Branca fala em acto de
terrorismo, sem adiantar mais enquanto não apurar se o ataque veio do exterior
ou se é "doméstico".
Boylston
Street ficou com escombros espalhados na zona de impacto
Depois de socorrer as vítimas, a polícia norte-americana procura
agora os responsáveis pelas duas explosões junto à linha da meta da maratona de
Boston, que na segunda-feira provocaram três mortos e pelo menos 144 feridos .
O FBI admite estar à procura de ligações terroristas.
“É uma
investigação criminal que é uma investigação a um potencial acto terrorista”,
afirmou Richard DesLauriers, agente especial do FBI, a polícia federal
norte-americana, citado pela Reuters.
As explosões, que ocorreram quase em
simultâneo às 14h50 locais (20h em Lisboa), foram provocadas por “engenhos
poderosos”, segundo a polícia. As explosões estão a ser consideradas o pior
ataque à bomba em solo americano desde os sucedidos com aviões a 11 de Setembro
de 2001.
Uma fonte oficial da Casa Branca
citada pela Reuters disse também que o caso será tratado como um “acto de
terrorismo” mas sublinhou que é preciso apurar se o ataque veio do exterior ou
se foi “doméstico”.
O Presidente dos Estados Unidos,
Barack Obama, prometeu na segunda-feira que a polícia vai encontrar e punir os responsáveis.
Segundo a Associated Press, mais
de 1000 agentes antiterrorismo foram mobilizados para apoiar a investigação,
além de milhares de outros agentes patrulha. O nível de alerta em Nova Iorque
foi reforçado e locais muito movimentados como Times Square, o Rockefeller
Center e a Catedral de St. Patrick na região central de Manhattan, o edifício
das Nações Unidas e o World Trade Center, estão a ser especialmente vigiados.
Do outro lado do Atlântico também
soou o alarme. Em Londres, onde se vai realizar no domingo uma maratona – a
segunda mais importante do mundo a seguir à de Nova Iorque – a polícia está em
alerta e o dispositivo foi reforçado após o ataque de Boston.
Em Paris, o ministro do Interior,
Manuel Valls, anunciou em comunicado que ordenou às forças de segurança um
“reforço da presença de patrulhas” e apelou aos cidadãos que estejam vigilantes
e denunciem qualquer acto suspeito, ou sacos abandonados em locais públicos,
mas “sem ceder ao pânico”, escreve o jornal francês Le
Monde.
A partir de Moscovo, o Presidente russo, Vladimir Putin, condenou o que classificou como "um crime bárbaro". Manifestou ainda disponibilidade para apoiar as investigações dos EUA.
A partir de Moscovo, o Presidente russo, Vladimir Putin, condenou o que classificou como "um crime bárbaro". Manifestou ainda disponibilidade para apoiar as investigações dos EUA.
Em Boston, nesta terça-feira,
alguns feridos nas explosões continuam a lutar pela vida. Muitos foram
amputados, sobretudo nas pernas. “Vemos muitos ferimentos causados por
estilhaços”, descreveu Peter Fagenholz, cirurgião de traumas no Hospital Geral
de Massachusetts, aos jornalistas, na segunda-feira. “Alguns doentes vão ter de
repetir as operações amanhã [terça-feira] e nos próximos dias”, acrescentou.
Entre os três mortos está um
menino de oito anos. Segundo aquele cirurgião, os casos mais graves – nove
deles são crianças – chegaram ao hospital nos 15 minutos após as explosões.
=Público=
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