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segunda-feira, 1 de abril de 2013

Meses antes de morrer, ex-oligarca terá escrito a Putin para lhe pedir perdão


Berezovski que foi encontrado morto em Londres no passado dia 23 de Março queria regressar à Rússia. Era a sua "ultima oportunidade", revela jovem namorada.
Amiga de Berezovski considera improvável que este se tenha suicidado 

O antigo oligarca russo, Boris Berezovski, que foi encontrado morto em Londres, cidade onde vivia exiliado, escreveu uma carta a Vladimir Putin para lhe pedir o seu perdão, declarou Katerina Sabirova, numa entrevista ao jornal da oposição, The New Times.
Segundo Sabirova, uma jovem de 23 anos com quem o ex-milionário de 67 anos mantinha uma relação, Berezovski terá ficado fortemente abalado depois de ter perdido na justiça britânica um processo contra o seu antigo sócio Roman Abramovitch em Agosto de 2012, em que reclamava uma indemnização de milhões de euros.

Terá sido depois desta derrota em tribunal que Berezovski ficou “muito mal”, segundo Katerina Sabirova. E foi então que o ex-milionário começou a falar em regressar à Rússia.

“Ele disse que a única possibilidade de regressar à Rússia e de se ‘refazer’ era apresentando as suas desculpas a Putin. Falava disso como a sua última oportunidade”, disse Sabirova. “Eu vi a carta que ele escreveu, ele leu-ma. Pedia perdão e pedia para poder regressar”. Segundo a mulher a carta terá sido enviada em Novembro.

Katerina Sabirova, que não vivia com Berezovski e não estava em Londres no momento da sua morte – foi encontrado enforcado na casa de banho de sua casa –, não acredita que o antigo oligarca se tenha suicidado. “É muito difícil de acreditar”, disse ao The New Times.

Como várias outras figuras próximas do ex-oligarca, também Sabirova descreve nele sintomas que apontam para um quadro clínico de depressão: sofria de insónias, não queira levantar-se de manhã, não saia de casa, não queria ver ninguém.

Mas Sabirova também diz que Berezovski tinha combinado com ela encontrarem-se em Israel no dia 25 de Março para fazerem duas semanas de férias. Na véspera da sua morte, na noite de 22, conta, falaram ao telefone e a sua voz parecia “melhor do que o habitual”.
=Público=

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