Com a
redução salarial, o Presidente procura acompanhar o corte automático na despesa
de alguns serviços públicos.
O corte
proposto por Obama tem efeito retroactivo a 1 de Março
O Presidente norte-americano, Barack Obama, vai devolver 5% do
seu salário ao Estado, num gesto de solidariedade para com os funcionários que
são directamente visados pelos cortes automáticos na despesa pública, anunciou
ao The New York Times um funcionário da Casa Branca na
quarta-feira.
A decisão tem efeito retroactivo a 1 de Março, altura em que
foram accionados cortes no valor de 85 mil milhões de dólares (66.261 milhões
de euros, ao câmbio actual) até Setembro, num episódio que ficou conhecido como o “sequestro”, por falta de
entendimento para um acordo orçamental entre democratas e republicanos.
Obama
recebe um salário anual bruto de 400 mil dólares (311 mil euros), o que
significa que o corte de 5% corresponde a 20 mil dólares (15.590 euros).
Segundo a Reuters, a redução é idêntica ao corte nos serviços públicos que
estão fora da alçada do Departamento de Defesa.
“O
Presidente decidiu que, para partilhar os sacrifícios feitos pelos funcionários
públicos do Governo federal afectado pelo sequestro, irá devolver uma parte do
seu salário ao Tesouro”, afirmou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, cita a
mesma agência.
O
corte voluntário do Presidente norte-americano é conhecido depois de o
secretário de Defesa, Chuck Hagel, anunciar a intenção de devolver parte do
salário ao Estado, num montante equivalente a 14 dias de trabalho.
Os
cortes automáticos que entraram em vigor a 1 de Março resultam de um acordo,
alcançado entre a Casa Branca e a oposição republicana em 2011, que permitiu o
aumento do tecto da dívida pública.
Como
contrapartida, as partes acordaram um plano de redução da despesa com uma
cláusula que accionaria, ao fim de algum tempo, cortes automáticos se as partes
não chegassem acordo. Foi o que aconteceu, entrando em vigor medidas
automáticas de redução da despesa que o Governo prevê que tenham um impacto
negativo no PIB de 0,6 pontos percentuais.
=Público=
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