O Ministério das
Finanças da Grécia elaborou um relatório acerca de dívidas que dizem respeito
às indemnizações e empréstimos a que o país, que é o berço da democracia, tem
direito a receber da Alemanha, depois da Segunda Guerra Mundial.
Primeiro-ministro decidirá o que fazer com o documento.
Uma equipa do
Ministério das Finanças da Grécia elaborou um relatório com a lista de
dívidas que a Grécia poderá reclamar da Alemanha, se decidir desenterrar
indemnizações e o pagamento de dívidas que tiveram no seguimento da Segunda
Guerra Mundial, segundo revela o jornal grego “To Vima” citado pela edição
inglesa do alemão “Spiegel Online”.
O relatório estará no
poder do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Grécia que aguarda uma decisão
do primeiro-ministro, Antonis Samaras, acerca do uso que será dado ao
relatório.
Segundo o artigo,
estão em causa dívidas da Alemanha à Grécia que remontam às indemnizações
devidas por danos causados à Grécia durante a Segunda Guerra Mundial e por
empréstimos que a Grécia concedeu à potência europeia, destinados ao esforço de
reconstrução após o conflito.
Embora o jornal grego
não avance o montante que Berlim deve a Atenas, existem organizações gregas que
estimam o crédito grego em 162 mil milhões de euros. Um montante que
corresponde a cerca de 80% da dívida do país.
“A Grécia nunca
recebeu quaisquer compensações, nem pelos empréstimos que foi forçada a
fornecer à Alemanha ou pelos danos em que incorreu durante a guerra”, revela o
relatório de 80 páginas elaborado pelo Ministério das Finanças.
Analistas políticos
acreditam que o Governo da Grécia não pretende confrontar Angela Merkel com o
relatório. Numa altura em que o país depende do financiamento internacional, o
país poderá preferir evitar uma via de confrontação com o principal credor,
refere fontes do “Speigel”.
A posição oficial do
Governo de Atenas foi, recentemente, expressa pelo secretário de Estado das
Finanças, Christos Staikouras, que disse que o assunto “merece o direito a ser
levado a uma conclusão satisfatória.”
Uma fonte do
Ministério dos Negócios Estrangeiros afirmou à publicação alemã que essa “será
decisão política de alto nível e será Samaras a decidir. Não é altura de
iniciar uma luta com Berlim”, acrescentou o responsável.
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