Ministro
das Finanças luxemburguês diz que o país quer reforçar a cooperação com as
autoridades fiscais estrangeiras.
O
Luxemburgo considera transmitir informação sobre juros pagos a clientes
estrangeiros
O Luxemburgo abriu este domingo a porta a uma mudança nas suas
regras de segredo bancário.
Numa entrevista a um jornal alemão, o ministro das Finanças, Luc
Frieden, disse que o país está pronto para reduzir parcialmente o sigilo,
criticado por potenciar a evasão fiscal. “Queremos reforçar a cooperação com as
autoridades fiscais estrangeiras”, disse o ministro ao Frankfurter
Allgemeine Sonntagszeitung, depois das críticas dos parceiros da
zona euro às práticas bancárias do Luxemburgo.
“A
tendência internacional vai no sentido de uma troca automática de informações
bancárias. Não somos estritamente contra”, disse ainda o ministro, dando como
exemplo de informações que poderiam ser transmitidas o pagamento de juros a
clientes estrangeiros. Garantiu ainda que “o Luxemburgo não está interessado em
clientes que querem economizar nos seus impostos”.
O
Luxemburgo, um dos seus membros fundadores da União Europeia, está cada vez mais
no centro das atenções por causa da sua cultura de sigilo bancário.
Luc
Frieden tinha declarado recentemente que gostaria que os clientes financeiros
escolhessem o Luxemburgo “não para fugir ao fisco, mas porque os nossos
produtos e os nossos serviços são mais bem adaptados às necessidades
internacionais”.
Segundo
dados do Governo do Luxemburgo, o sector financeiro tem 141 bancos de 26 países
e 3840 fundos de investimento que operam em 70 outros países.
A
crise em Chipre e uma investigação jornalística revelando detentores de contas offshore trouxeram mais atenção para os
paraísos fiscais.
=Público=
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