Principais
cerimónias fúnebres arrancam nesta terça-feira. A dimensão do funeral e despesa
envolvida contrariam vontade da antiga primeira ministra e geram controvérsia.
A
"Dama de Ferro" tinha pedido um funeral apenas com honras militares
O corpo de Margaret Thatcher será levado nesta terça-feira para
a capela do Parlamento, um desejo que foi manifestado pela própria baronesa em
vida. A trasladação marca o arranque das principais cerimónias fúnebres que
terminam na quarta-feira, cujo programa foi divulgado pelo Governo britânico, e
que têm merecido críticas pelos avultados gastos envolvidos.
Não se sabe
ao certo quanto custarão as cerimónias, mas o Guardian fala numa estimativa de dez
milhões de libras (quase 12 milhões de euros), sendo que uma parte dos gastos
será suportada pela família.
Na quarta-feira as famosas badaladas do Big Ben também vão fazer uma pausa em sinal de respeito pela morte da antiga primeira-ministra, segundo anunciou o presidente da Câmara dos Comuns, citado pelo diário inglêsGuardian. Para John Bercow o silenciamento do relógio é um dos tributos mais apropriados à baronesa, que morreu no passado dia 8 de Abril, aos 87 anos, na sequência de um acidente vascular cerebral.
Na quarta-feira as famosas badaladas do Big Ben também vão fazer uma pausa em sinal de respeito pela morte da antiga primeira-ministra, segundo anunciou o presidente da Câmara dos Comuns, citado pelo diário inglêsGuardian. Para John Bercow o silenciamento do relógio é um dos tributos mais apropriados à baronesa, que morreu no passado dia 8 de Abril, aos 87 anos, na sequência de um acidente vascular cerebral.
Porém, a dimensão das cerimónias
fúnebres e as homenagens à antiga governante, que ficou conhecida como a Dama
de Ferro, têm gerado várias críticas, sobretudo entre os partidos políticos.
Pela voz de Diane Abbott, do Partido Trabalhista, surgiram reparos já que a
última vez que o Big Ben se calou foi para as homenagens a Winston Churchill,
em 1965. Também o deputado trabalhista John Mann criticou o
"esbanjamento" de dinheiro dos contribuintes e defendeu que os custos
devem ser divulgados, deixando porém claro que não se opõe a homenagens que não
custem dinheiro, como parar o relógio.
A própria Thatcher tinha
expressado em vida a vontade de não ter um funeral com honras de Estado, mas
apenas com honras militares, supostamente por temer a polémica que a iniciativa
iria gerar num país que continua dividido sobre o seu legado e a sua
personalidade controversa.
De acordo com o programa do funeral de Thatcher, divulgado
pelo Governo britânico, na quarta-feira haverá hinos conhecidos, poemas de
autores consagrados e muito protocolo, com o caixão a atravessar Londres
escoltado por membros de todos os ramos das Forças Armadas, num total de cerca
de 700 efectivos. O próprio primeiro-ministro inglês, David Cameron, vai ler um
excerto do Evangelho durante as cerimónias, avançou o Daily
Telegraph.
As cerimónias fúnebres da antiga
primeira-ministra não vão, assim, cumprir os seus desejos, ou pelo menos a
maior parte deles.
Depois de o corpo da baronesa
chegar à capela do Parlamento, como foi autorizado pela rainha, vai ser
realizada uma missa privada, apenas para os familiares, amigos e políticos mais
próximos. Na manhã de quarta-feira, a partir das 8h de Lisboa, o caixão sairá
num cortejo para uma segunda igreja, St. Clements, o patrono da Força Aérea.
Depois seguirá já na tradicional carruagem fúnebre para a Catedral de São
Paulo, sendo o corpo transportado por militares para o local onde a esperam
2000 convidados, estando a chegada prevista para as 10h de Lisboa diz a AFP. No
final a Dama de Ferro será cremada e o corpo nunca será exposto, tal como
pediu.
Membros dos três ramos das Forças
Armadas estarão de sentinela em todo o percurso - e há polícia destacada para
prevenir incidentes, uma vez que a morte de Margaret Thatcher tem sido também festejada nas ruas pelos
que se opuseram às suas políticas ou não gostam do seu legado.
Já em Grantham, onde a antiga
primeira-ministra nasceu, será realizada uma cerimónia de homenagem discreta,
como era sua vontade. A dimensão das celebrações foi, por isso, criticada pelo
bispo de Grantham, que lamenta o “erro” que está a ser feito nas cerimónias bem
como os “aproveitamentos políticos”.
=Público=
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